A Filosofia moral de Eric Weil: um aristotelismo pós-kantiano
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Sol, Alma e Caverna: o cerne do pessimismo da República de Platão
Processo: | 23/00946-3 |
Modalidade de apoio: | Bolsas no Exterior - Pesquisa |
Data de Início da vigência: | 20 de setembro de 2023 |
Data de Término da vigência: | 03 de janeiro de 2024 |
Área de conhecimento: | Ciências Humanas - Filosofia - Ética |
Pesquisador responsável: | Marcelo Perine |
Beneficiário: | Marcelo Perine |
Pesquisador Anfitrião: | Patrice Canivez |
Instituição Sede: | Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil |
Instituição Anfitriã: | Université Charles de Gaulle - Lille 3, França |
Assunto(s): | Aristóteles Felicidade Immanuel Kant Filosofia moral |
Palavra(s)-Chave do Pesquisador: | Alasdair MacIntyre | Aristóteles | Eric Weil | Felicidade | Hans Jonas | Kant | Filosofia moral |
Resumo A maioria dos estudiosos da obra de Eric Weil concorda com a afirmação de que suas perspectivas são kantianas. Entretanto, quando Kant é compreendido em profundidade e confrontado com Aristóteles, o kantismo de Weil se carrega de um peso de realidade que o transforma. Esta afirmação forneceu o motivo da presente pesquisa. Se é verdade que a perspectiva da Filosofia moral de Eric Weil é claramente kantiana, é igualmente verdade que o seu kantismo é pós-hegeliano e deve ser compreendido a partir da interpretação weiliana da terceira Crítica kantiana. A perspectiva kantiana se evidencia particularmente no enunciado 16 da Filosofia moral: "Todo dever do homem moral é fundado no dever para consigo mesmo, que é dever de ser feliz. O dever para consigo mesmo torna-se concreto no dever para com o outro". A presente pesquisa pretende investigar como a perspectiva eudemonista (aristotélica), se compõe de maneira coerente com a perspectiva deontológica (kantiana). Trata-se, portanto, de saber como Aristóteles confere ao kantismo de Weil "um peso de realidade que o transforma". Minha hipótese é que a resposta deve ser buscada, em primeiro lugar, na antropologia (= ética) de Aristóteles, cuja chave de compreensão encontra-se na Metafísica. Para tanto, buscarei nos textos de Weil dedicados a Aristóteles os indícios de comprovação de um aristotelismo pós-kantiano em sua Filosofia moral. Como apoio e ampliação dessa compreensão do aristotelismo presente na Filosofia moral de Weil, pretendo fazer uma fusão de horizontes com a interpretação de Alasdair McIntyre da teoria aristotélica das virtudes como práticas, que assimila as dimensões cognitivas das virtudes morais sistematizadas no tratado da virtude moral e na concepção de phrónesis da Ética a Nicômacos, profundamente ancorados na teoria aristotélica da ação voluntária, já desenvolvida na Ética Eudêmia, cujos fundamentos devem ser buscados na Física e na Metafísica, bem como nos estudos de fisiologia e de psicologia. Finalmente, essa nova compreensão eudemonista/deontológica da moral será confrontada com a exigência de um novo imperativo que, segundo Jonas, clama por outra coerência, que não a do ato consigo mesmo, mas a dos seus efeitos finais para a continuidade da atividade humana no futuro. Esse novo imperativo acrescenta ao cálculo moral o horizonte temporal que falta na operação lógica do imperativo kantiano: se este último se estende sobre uma ordem sempre atual de compatibilidade abstrata, o novo imperativo proposto por Hans Jonas, se estende em direção a um previsível futuro concreto, que constitui a dimensão inacabada de nossa responsabilidade. (AU) | |
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