Bolsa 23/02191-0 - Prosódia, Fonologia - BV FAPESP
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Características prosódicas de nomes compostos e sintagmas em português brasileiro

Processo: 23/02191-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 10 de janeiro de 2024
Data de Término da vigência: 09 de julho de 2024
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Linguística - Teoria e Análise Lingüística
Pesquisador responsável:Raquel Santana Santos
Beneficiário:Raquel Santana Santos
Pesquisador Anfitrião: Gorka Elordieta
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidad del País Vasco, Álava (UPV), Espanha  
Assunto(s):Prosódia   Fonologia   Nomes próprios   Português do Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:interface fonologia-sintaxe | mapeamento prosódico | Palavras compostas | prosódia | fonologia

Resumo

O objetivo deste projeto é discutir o comportamento prosódico de nomes compostos em português brasileiro. Devido ao mapeamento prosódico, os domínios dos diversos componentes gramaticais não são necessariamente isomórficos. Por exemplo, a palavra sozinho é considerada 1 palavra para a morfologia, 1 palavra para a sintaxe, mas 2 palavras para a fonologia, enquanto que em solitário consideramos 1 palavra nos três domínios; em guarda-chuvinha temos 1 palavra para a morfologia e sintaxe, mas 3 para a fonologia. Muito ainda há que ser discutido dentro destes domínios criados, entre eles a questão dos nomes/substantivos compostos. Há compostos morfossintáticos, com uma relação de dominância entre as palavras (guarda-roupa) - neste caso, a posição do núcleo pode ser à direita ou à esquerda, o que gera mapeamentos diferentes ( [menina][boa] vs. [boa menina]). Há também os compostos morfológicos (como em vice-rei, afro-americano), que podem ter relações de dominância diferentes, e sobre as quais ainda muito se discute quanto ao mapeamento prosódico. E finalmente, há compostos, como os nomes próprios (José Maria) em que não há relação de dominância morfológica ou sintática.Este objetivo se desdobra em três frentes morfossintáticas: (i) Por um lado, analisar se sequências de nomes compostos (que são consideradas como 1 único sintagma sintático, mas 2 sintagmas prosódicos) têm um comportamento igual ou diferente a sequências sintáticas formadas por Substantivo + Adjetivo (que são analisadas na literatura linguística como formando 2 sintagmas sintáticos e 2 sintagmas prosódicos); (ii) comparar os diferentes tipos de nomes compostos: aqueles que apresentam uma relação de dominância estrutural entre as palavras com aqueles que não a apresentam (iii) observar se a posição do núcleo afeta os resultados no caso de compostos com núcleo-complemento.Como hipóteses de trabalho nulas, esperamos os seguintes comportamentos: 1) Nomes compostos com dominância estrutural terão o mesmo comportamento que sintagmas, pois partilham da característica de uma estrutura sintática: (i) se o núcleo estiver à esquerda e o complemento à direita (no lado recursivo), formarão duas unidades prosódicas; (ii) se o núcleo estiver à direita e o complemento à esquerda (no lado não-recursivo), formarão uma única unidade prosódica com seu núcleo; 2) Nomes compostos sem dominância estrutural (como os nomes próprios): se assumimos que o default é haver uma estrutura, então estes nomes fugiriam do padrão default. (i) se seguirem a estrutura sintática, o esperado é que se comportem como (ii) acima. (ii) no entanto, a questão não é clara se a estrutura a ser seguida for morfológica, já que o núcleo pode encontrar-se tanto à esquerda quanto à direita.Para o diagnóstico, verificaremos a aplicação de cinco processos fonológicos que variam quanto ao domínio de aplicação: retração acentual (que ocorre apenas dentro de frase fonológica), ditongação e degeminação (que ocorrem dentro e entre palavras), elisão (que só ocorre entre palavras) e alongamento (que pode ter variação a depender do nível prosódico em que ocorre - mais longo quanto mais alto o nível prosódico). Os resultados nos permitirão lançar mais luzes sobre a questão do que é universal e do que é específico da língua, nos darão mais subsídios para a compreensão da aquisição de 1ª e 2ª línguas, e para a intervenção fonoaudiológica. (AU)

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