Detecção e isolamento de Flavivirus em mosquitos (Diptera: Culicidae) provenientes de um remanescente de Mata Atlântica localizado na cidade de São Paulo, SP.

• Processo: 23/09016-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Vigência (Início): 01 de setembro de 2023
• Vigência (Término): 31 de agosto de 2024
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
• Pesquisador responsável: Licia Natal Fernandes
• Beneficiário: Maria Júlia Paeró Ferrari
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Flavivirus Mosquitos Entomologia médica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: flavivírus | flavivirus especifico de inseto | mosquito | entomologia médica

Resumo

Dentre os arbovírus que ocorrem no Brasil, os Flavivirus apresentam destaque devido ao grande número de epidemias causadas, como aquelas ocasionadas pelos vírus da dengue, da febre amarela e Zika. Além dos flavivírus de importância médica, existe também o grupo dos flavivírus específicos de insetos (ISFs), que não replicam em células de mamíferos e que possuem um papel ainda não conhecido na dinâmica de transmissão dos flavivírus patogênicos ao homem. A cidade de São Paulo está inserida em uma grande malha urbana, sendo o foco do presente estudo o Parque Ecológico do Tietê, que faz parte da Reserva da Biosfera Cinturão Verde de São Paulo, abriga diversas espécies de fauna e flora, possui alta circulação de pessoas e, portanto, reúne as condições necessária para a circulação dos flavivírus. Nesta localidade, o flavivírus Ilhéus já foi isolado a partir de uma ave, além de terem sido encontradas espécies de mosquitos potencialmente vetoras de flavivírus e nas quais já foram detectados ISFs. O presente trabalho faz parte de um projeto maior que visa elucidar o papel dos ISFs na circulação dos flavivírus de importância médica, de modo que, além de buscar conhecer os flavivírus de importância médica possivelmente circulantes na região de estudo, focará também na dectecção dos flavivírus específicos de insetos e na detecção de mosquitos co-infectados por estes dois grupos de flavivírus. Para isso, os mosquitos (Diptera: Culicidae) serão coletados mensalmente pelo período de nove meses no Parque Ecológico do Tietê. Estes serão levados ao laboratório e identificados em nível de espécie e submetidos às técnicas de extração de RNA, transcrição reversa e reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real para a detecção de flavivírus. Os produtos obtidos a partir da PCR serão encaminhados para sequenciamento de nucleotídeos. As amostras de mosquitos positivas para flavivírus serão encaminhadas para isolamento viral. Desta forma, pretendemos gerar dados sobre os flavivírus circulantes na localidade em questão, tais como distribuição, frequência, especificidade a determinado hospedeiro, levantando dados que possibilitam inferir sobre o papel dos ISFs na transmissão dos flavivírus de importância médica. Ademais, os flavivírus isolados serão utilizados em estudos futuros de nosso grupo de pesquisa.