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Efeito do contexto da paisagem na comunidade de pequenos mamíferos em mata nativa e fragmentos florestais restaurados

Processo: 23/10433-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Vigência (Início): 01 de outubro de 2023
Vigência (Término): 30 de abril de 2024
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
Acordo de Cooperação: NSF - Dimensions of Biodiversity e BIOTA
Pesquisador responsável:Leandro Reverberi Tambosi
Beneficiário:Gianmarco Bettoni Rodríguez
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/02174-5 - Mudança de uso da terra, resiliência ecossistêmica e risco de doenças zoonóticas, AP.R
Assunto(s):Ecologia da paisagem   Pequenos mamíferos   Restauração ecológica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ecologia de paisagens | pequenos mamíferos | recolonização | reestruturação de comunidades | Restauração ecológica | ecologia de paisagens

Resumo

A perda e a degradação de habitat são apontadas como as principais causas da perda de biodiversidade. O declínio da biodiversidade resulta em efeitos cascata na abundância, na composição e na ecologia de espécies da fauna e da flora, afetando as interações entre espécies, as funções ecológicas e os serviços ecossistêmicos. Estas alterações podem afetar negativamente a saúde e o bem estar humano como consequências de mudanças nos serviços ecossistêmicos de controle de doenças. As mudanças nas comunidades biológicas podem afetar o risco de eventos de ocorrências de doenças zoonóticas por diferentes mecanismos: alteração na densidade, na distribuição ou na suscetibilidade de roedores reservatórios ou alterações na estrutura das redes de interação entre espécies. Além disso, a sequência em que as espécies são perdidas, devido a perda de habitat, ou são recuperadas em uma paisagem, em decorrência da restauração, podem afetar o risco de ocorrência de eventos de doenças zoonóticas. Entretanto, existem poucos estudos e pouco conhecimento a respeito das relações entre alterações na diversidade funcional e o risco de ocorrências de doenças zoonóticas. Ainda mais escassos são os estudos que avaliam as mudanças nas redes de interação patógeno-hospedeiro como consequência das dinâmicas de perda ou de restauração florestal. Além de ser considerada um hotspot de biodiversidade a Mata Atlântica é considerada também um hotspot de diversidade de roedores, sendo que a maior parte destas espécies de roedores são consideradas reservatórios ou hiper-reservatórios de patógenos. Tal situação faz com que a Mata Atlântica seja considerada também um hotspot potencial de doenças infecciosas emergentes. Além disso, a cobertura florestal da Mata Atlântica apresenta uma intensa dinâmica, com milhares de hectares desmatamento e de restauração a cada ano, sendo o cenário ideal para estudar os efeitos das mudanças da estrutura da paisagem sobre as comunidades de pequenos mamíferos e suas consequências para o risco de ocorrência de doenças zoonóticas. Nós adotaremos uma abordagem de ecologia de paisagem integradora para estudar os efeitos sobre a diversidade funcional e o risco de doenças zoonóticas em contextos de perda e de recuperação de florestas. O projeto busca compreender como a reorganização das comunidades biológicas em um contexto de mudanças ambientais podem afetar a saúde humana. Para isso, elaboramos os seguintes objetivos principais: 1) avaliar os efeitos da estrutura da paisagem sobre a diversidade funcional (composição da comunidade e estrutura da rede de interações patógenos-hospedeiros) e como estes efeitos afetam o risco de ocorrência de doenças no bioma Mata Atlântica; 2) avaliar o efeito da restauração florestal sobre a recuperação da diversidade funcional de pequenos mamíferos e sobre o risco de doenças zoonóticas, bem como avaliar como a estrutura da paisagem influencia a recuperação do serviço de controle de doenças em paisagens restauradas. Para isso nós utilizaremos dados sobre a comunidade de pequenos mamíferos e sobre as redes de interação patógeno-hospedeiro, previamente obtidos em campo em paisagens fragmentadas. Tais dados serão complementados por coletas de campo em paisagens restauradas em diferentes gradientes de restauração florestal e de estrutura da paisagem. Estas abordagens permitirão avaliar as mudanças na composição das comunidades, nas redes de interação e no risco de ocorrência de doenças zoonóticas em função da estrutura da paisagem e da restauração florestal. Os resultados permitirão aumentar nossa compreensão sobre a ecologia de doenças em paisagens fragmentadas e auxiliarão na elaboração de estratégias de conservação e restauração que favoreçam tanto a conservação da biodiversidade quanto o controle de doenças. (AU)

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