Bolsa 23/09702-0 - Cinema, Ensaios - BV FAPESP
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Conexão Godard-Garcia: no rastro do cinema, o poema

Processo: 23/09702-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 20 de janeiro de 2024
Data de Término da vigência: 29 de julho de 2024
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
Pesquisador responsável:Diana Junkes Bueno Martha-Toneto
Beneficiário:Yasmin Bidim Pereira dos Santos
Supervisor: Joana Matos Frias
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidade de Lisboa, Portugal  
Vinculado à bolsa:21/00727-4 - Poesia, deslocamento: a consciência cinematográfica na obra de Marília Garcia., BP.DR
Assunto(s):Cinema   Ensaios   Poesia   Poesia do Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:cinema | ensaio | Jean-Luc Godard | Marília Garcia | Poesia | Poesia Brasileira Contemporânea

Resumo

O objeto de investigação desta proposta de estágio de pesquisa no exterior é a relação interartística/intermedial que a poeta brasileira contemporânea Marília Garcia estabelece com o cineasta Jean-Luc Godard. Partindo da análise de poemas dos livros Um teste de reistores (2016), Câmera Lenta (2017) e Parque das Ruínas (2018) pretendemos descrever como esta relação estaria vinculada ao interesse de Garcia pelas formas ensaísticas, metalinguísticas e autorreflexivas, uma constante na obra tanto da poeta quanto do cineasta. Garcia convoca o conceito de montagem, que aparece nos poemas a partir do filme Pierrot le Fou de Godard, como estratégia para pensar e problematizar a poesia, alçando-o a um "estatuto de transmedialidade" (FRIAS, 2016). Propomos que, mais que uma referência, o cinema de Godard seja uma espécie de outro da poesia de Garcia: uma outra arte com a qual a poeta compartilha ideias e pressupostos estéticos. Logo, a montagem seria uma espécie de signo-conceito no qual se materializa, metafórica e formalmente, a relação de outridade (PAZ, 1996) entre Garcia e Godard. A menção ao ensaio de Giorgio Agamben (1998) sobre o cinema de Guy Debord, abre a possibilidade de uma leitura desta relação que atestaria o interesse na forma ensaística e fragmentária - o Álbum - para pensar a experiência contemporânea marcada pela ascensão da técnica - em especial pela ubiquidade da imagem técnica - e seus consequentes problemas em relação à percepção do tempo e do espaço. Assim, o cinema configuraria, na obra de Garcia, um dispositivo para ver o mundo e para criar poesia, na tentativa de reestabelecer a outridade perdida pela "dispersão da imagem do mundo em fragmentos desconexos" (PAZ, 1996, p. 106) e restituir à imagem seu poder mítico (Ibidem) e messiânico (AGAMBEN, 1998). (AU)

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