Um pesquisador-cineasta na escola agrícola: educação geográfica através da criação de uma série cinematográfica

• Processo: 21/12642-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Educação - Tópicos Específicos de Educação
• Pesquisador responsável: Wenceslao Machado de Oliveira Junior
• Beneficiário: Rogério Borges
• Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Escolas Cinema Escola rural Geografia Lugar Educação geográfica Produção cinematográfica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: cinema | Educação | escola rural | Geografia | lugar | Cinema e Escola

Resumo

O presente projeto pretende contribuir no desenvolvimento da interface entre Cinema, Educação e Geografia, investigando a Escola Municipal Agrícola Engº. Rubens Foot Guimarães a partir de uma pesquisa-intervenção, que consistirá na produção de uma série de 3 filmes de curta-metragem. A proposta insere-se num grande conjunto de pesquisas que apostam no encontro entre cinema e educação, amparadas pela Lei 13.0006, que prevê a obrigatoriedade da exibição de filmes nacionais nas escolas brasileiras. A partir de autores como Bergala (2008) e Migliorin (2015), atuaremos no entre cinema e escola, considerando a arte como elemento capaz de produzir deslocamentos do conhecido, convidando professores, funcionários, alunos e familiares a experimentar novas formas de ver, ouvir e pensar o mundo. Entendendo o lugar como um encontro de trajetórias (MASSEY, 2008), buscaremos autores indígenas e quilombolas para pensar as relações específicas com a natureza e os elementos não-humanos, como a horta e os animais, para apontar a atuação dessas trajetórias no cinema que emergirá na escola agrícola. Através do método da cartografia, esta pesquisa propõe acompanhar processos a partir dos movimentos gerados desde a chegada do pesquisador-cineasta, com a proposta de produção dos filmes, até as exibições das obras e rodas de conversa. Dessa forma, a primeira etapa consiste na divulgação da proposta na escola e formação de uma comunidade de cinema (GUIMARÃES, 2015) com 20 alunos interessados em participar do projeto. Na segunda etapa, iniciaremos nossa pesquisa de pré-produção cinematográfica, na qual os alunos entrevistarão pessoas da comunidade, além de fotografar e filmar os elementos humanos e não-humanos da escola que acharem importante de serem mostrados. Na terceira etapa, vamos roteirizar e gravar com os agentes definidos coletivamente a partir da segunda etapa. Após a montagem dos filmes, iniciaremos a quarta etapa da pesquisa, que será o período de exibições das obras na escola e rodas de conversa, ampliando os agentes participantes da comunidade de cinema. Com o objetivo de acompanhar os processos gestados no encontro entre um lugar-escola (OLIVEIRA JR, 2017) e uma produção cinematográfica, pretendemos contribuir para uma educação emancipada, na qual o fazer cinema seja uma potência para a educação geográfica ao atuar no lugar, reconfigurando a partilha do sensível (RANCIÈRE, 2005) a partir da criação em imagens, sons, tempos, narrativas, discursos. (AU)