Filogenômica e biogeografia histórica das abelhas Colletidae

• Processo: 23/04048-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2024
• Data de Término da vigência: 16 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Taxonomia dos Grupos Recentes
• Pesquisador responsável: Eduardo Andrade Botelho de Almeida
• Beneficiário: Felipe Vieira de Freitas
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/12303-2 - Resolução de incertezas filogenéticas e tempos de divergência em abelhas Colletidae (Hymenoptera, Apoidea), BE.EP.PD
• Assunto(s): Sistemática Biogeografia Filogenia Abelhas Hymenoptera Região neotropical
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Gabi | Hymenoptera | LCGs | Região Neotropical | Sistematica | UCEs | Sistemática e Biogeografia

Resumo

Desde o começo da popularização do uso de dados de sequenciamento de nova geração (NGS) para estudos filogenéticos, no início da década de 2010, as abelhas e as linhagens aparentadas a elas vêm sendo alvo frequente destes estudos. Graças a isso, avanços relevantes foram alcançados no entendimento das relações filogenéticas entre as principais linhagens de abelhas e entre abelhas e seus grupos próximos. E, consequentemente, a compreensão sobre a biogeografia histórica das mesmas também melhorou bastante. Entretanto, algumas linhagens de abelhas permanecem carentes de estudos filogenéticos por meio de dados de NGS. Propomos aqui um estudo filogenético da família Colletidae, geralmente chamadas de abelhas do celofane, usando dados de genomas de baixa cobertura e de elementos ultraconservados a serem obtidos através de sequenciamento de nova geração. O estudo teria foco em três subfamílias: a) Diphaglossinae, cujas hipóteses filogenéticas disponíveis não contam com uma densa amostragem de táxons, e que apresentam uma interessante distribuição ao longo da região Neotropical; b) Neopasiphaeinae, que é a subfamília de Colletidae com o maior número de gêneros reconhecidos e tem uma distribuição bastante interessante, com parte de sua diversidade associada aos Neotrópicos e parte a região Australiana; e c) Scrapterinae, única das subfamílias de Colletidae exclusiva da África e associada à Grande Região Florística do Cabo. Desta forma, espera-se ampliar a entendimento da filogenia de Colletidae e, com isso, aprimorar a classificação genérica destas subfamílias e fazer inferências sobre sua biogeografia histórica. Sobre a biogeografia histórica, espera-se: 1) avançar no entendimento de como foi o processo de trocas faunais entre a América do Sul e a Australia, que aconteceu múltiplas vezes em Colletidae; 2) entender como foi o processo de trocas faunais entre as Américas em Diphaglossinae; 3) avançar no entendimento da influência dos Andes na formação da fauna de Colletidae da América do Sul; e 4) entender melhor os processos macroevolutivos que atuaram na formação da grande diversidade de espécies de Scrapter no sul da África. (AU)