Theodor W. Adorno e o jazz: desenvolvimentos, contradições e rupturas de um diagnóstico crítico

• Processo: 23/09310-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado Direto
• Vigência (Início): 22 de novembro de 2023
• Vigência (Término): 13 de fevereiro de 2024
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia
• Pesquisador responsável: Ricardo Musse
• Beneficiário: Lucas Fiaschetti Estevez
• Supervisor: Marianne Eusterschulte
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Local de pesquisa: Freie Universität Berlin, Alemanha
• Vinculado à bolsa: 21/03196-0 - Theodor W. Adorno e o jazz: desenvolvimentos, contradições e rupturas de um diagnóstico crítico, BP.DD
• Assunto(s): Theodor W. Adorno Crítica musical Indústria cultural Jazz República de Weimar Teoria sociológica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Adorno | Crítica Musical | Indústria Cultural | jazz | música comercial | República de Weimar | Theodor W | Teoria Sociológica

Resumo

Este projeto de pesquisa se debruça sobre a crítica ao jazz de Theodor W. Adorno sob um enfoque sócio-histórico que aborda a gestação, o desenvolvimento e as possíveis contradições e aporias de sua posição ao longo de toda sua obra. A interpretação do autor em relação a esse tema vem suscitando há décadas um acalorado debate internacional. A leitura hegemônica tende a caracterizar a posição de Adorno como uma negação dogmática dessa música. Entretanto, tomamos como hipótese inicial que tais críticas partem de uma confusão a respeito do tipo específico de jazz que Adorno analisou. A fim de esclarecer esse debate, temos como primeiro objetivo realizar uma análise cronológica da interpretação adorniana desse objeto, a partir de um acompanhamento da evolução de suas ideias em seus principais textos. Como segundo objetivo, iremos caracterizar os contextos musicais com os quais Adorno teve contato, tanto na Europa como nos EUA. Por fim, temos como objetivo colocar os desdobramentos de sua crítica à prova das profundas transformações estéticas, sociais e comerciais sofridas pelo jazz a partir da segunda metade do século XX, estabelecendo um diálogo com a literatura a respeito da história e da nova realidade adquirida por essa música. Tais pontos servirão para verificarmos as hipóteses de que (1) se por um lado, sua crítica ao jazz não deve ser encarada a princípio como uma teoria stricto sensu a respeito de um gênero musical, ela deve servir como um modelo de crítica válido para se compreender a atual indústria cultural; (2) por outro lado, o objeto do jazz teria ultrapassado a crítica, tendo em vista o modo como essa música se transformou num tipo de arte autônoma e radical. Nesse sentido, o estágio será fundamental na coleta e análise de material bibliográfico ainda inédito e na inserção nos debates internacionais sobre o assunto. (AU)