Efeitos do Agroquímico Etefon sobre Sistemas Miméticos da Membrana Plasmática

• Processo: 23/14217-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Vigência (Início): 01 de novembro de 2023
• Vigência (Término): 31 de outubro de 2024
• Área do conhecimento: Engenharias - Engenharia de Materiais e Metalúrgica - Materiais Não-metálicos
• Pesquisador responsável: Carlos José Leopoldo Constantino
• Beneficiário: Maitê Renata Valério Caldeira
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Presidente Prudente. Presidente Prudente , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 18/22214-6 - Rumo à convergência de tecnologias: de sensores e biossensores à visualização de informação e aprendizado de máquina para análise de dados em diagnóstico clínico, AP.TEM
• Assunto(s): Agroquímicos Monocamadas de Langmuir Sistemas biomiméticos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: agroquimicos | Filmes de Langmuir | GUVs | sistemas biomiméticos | sistemas miméticos da membrana celular

Resumo

Os contaminantes oriundos da agricultura incluem agroquímicos como pesticidas, fertilizantes, corretivos do solo, reguladores de crescimento de hortifrutis, etc. Dentre uma ampla lista de produtos permitidos no Brasil, encontra-se o etefon (ácido 2-cloroetilfosfônico), um regulador de crescimento que desempenha sua função através da liberação de etileno, sendo utilizado para fortalecer cereais, promover a maturação de frutas e hortaliças, estimular floração, ramificação lateral e redução da altura de plantas ornamentais. Porém, estudos recentes indicaram a ação maléfica do etefon sobre o sistema reprodutor de ratos machos. Embora os estudos in vivo evidenciem os efeitos decorrentes da exposição de animais ao etefon, o mecanismo de ação deste agroquímico no organismo é pouco entendido, sendo algumas hipóteses formuladas, como a de dano à membrana das células. Neste contexto propomos investigar a interação entre o etefon e modelos simples da estrutura lipídica da membrana plasmática do espermatozoide formados por mono e bicamadas lipídicas. As monocamadas serão formadas por filmes de Langmuir e as bicamadas por vesículas unilamelares gigantes (GUVs). Os lipídios serão o POPC (1-palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3-fosfatidilocolina), POPE (1-palmitoil-2-oleoil-sn-glicero-3-fosfoetanolamina) e a esfingomielina (SM) na proporção POPC/POPE/SM 2/2/1. Tais lipídios, além de garantirem ao sistema mimético a fase fluida em que se encontra a membrana plasmática das células de mamíferos, a proporção 2/2/1 foi estabelecida por ser a composição mássica próxima daquela encontrada na membrana de espermatozoides, estruturas muito sensíveis à exposição de agroquímicos em geral.