Investigação de compostos minoritários do feromônio sexual de Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae)

• Processo: 23/14698-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Vigência (Início): 01 de novembro de 2023
• Vigência (Término): 31 de outubro de 2024
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
• Acordo de Cooperação: CNPq - INCTs
• Pesquisador responsável: José Roberto Postali Parra
• Beneficiário: Lucila Wadt
• Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 14/50871-0 - INCT 2014: Instituto Nacional de Ciência Tecnologia de Semioquímicos na Agricultura, AP.TEM
• Assunto(s): Brocas (insetos nocivos)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: broca-da-cana-de-açúcar | elucidação de compostos feromonais | monitoramento de pragas | Ecologia Química e Comportamento de Insetos

Resumo

A broca-da-cana-de-açúcar, Diatraea saccharalis Fabricius (Lepidoptera: Crambidae) é a principal praga da cana-de-açúcar Saccharum spp. (Poaceae). O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, a estimativa de produção para a safra de 2022/2023 é de 572,9 milhões de toneladas, em uma área de 8.127,7 mil de ha (CONAB, 2022). Atualmente, o Controle Biológico de D. saccharalis com macro-organismos é o maior do mundo, ultrapassando 4 milhões de hectares de liberação do parasitoide de ovos Trichogramma galloi e do parasitoide de larvas Cotesia flavipes (PARRA, 2023). Para o monitoramento de D. saccharalis em campo, utiliza-se fêmeas virgens recém emergidas em armadilhas tipo delta com cola entomológica. As fêmeas liberam o feromônio sexual da espécie, que atraí os machos e estes ficam colados nas armadilhas; assim, de acordo com o número de machos coletados, estima-se o momento ideal de liberação dos agentes de controle biológico, principalmente T. galloi. Este procedimento é trabalhoso e oneroso para os produtores de cana-de-açúcar, pois envolve criações de insetos e manuseio de material biológico, se houvesse um feromônio sintético de D. saccharalis o processo seria menos oneroso e provavelmente um número maior de produtores adeririam ao Controle Biológico. O feromônio de um inseto geralmente possui 2 a 7 compostos químicos, sendo que o composto com maior concentração é denominado majoritário e os demais minoritários (LIMA; DELLA LUCIA, 2001). O composto majoritário do feromônio sexual de D. saccharalis é o (9Z, 11E)-Hexadeca-9,11-dienal (9Z,11E-16:Al) (Carney & Liu, 1982; Svatoa et al., 2001; Batista; -Pereira et al., 2002; Santagelo et al., 2002). Entretanto, esse composto isolado não apresenta resultados satisfatórios em campo (Patrick & Hensley, 1970; Hammond & Hensley, 1971; Perez & Hensley, 1973; Botelho et al., 1976, 1978; Almeida et al., 1983), sendo necessário o acréscimo dos compostos minoritários. Os compostos 11Z6:Al e 9Z,11Z16:Al apresentaram respostas de antenas de machos de D. saccharalis em cromatografia gasosa acoplada a eletroantenografia. Kalinová et al. (2005) demonstraram que a adição do (Z11)-hexadecenal ao composto principal apresentou respostas nas antenas de machos de D. saccharalis. Porto et al., 2021 (dados preliminares) testaram em campo diferentes misturas do composto majoritário (Z,E)-hexadeca-9,11- dienal e de quatro compostos minoritários: (Z)- hexadec-11-enal, (Z)-hexadec-9-enal, Hexadecanal e (Z,E)-tetradeca-7,9-dienal e não obtiveram resultados satisfatórios. Assim sendo, o objetivo deste trabalho é o estudo dos compostos minoritários do feromônio de D. saccharalis, considerando os quatros compostos descritos e investigando outros prováveis compostos, visando obter a composição feromonal completa para atrair os machos de D. saccharalis em campo. (AU)