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Cnidários da Classe Myxozoa parasitos de Rhaphiodon vulpinus: evolução, interação parasito-hospedeiro e toxinas dos nematocistos

Processo: 23/06420-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Vigência (Início): 01 de dezembro de 2023
Vigência (Término): 28 de fevereiro de 2027
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Recursos Pesqueiros de Águas Interiores
Pesquisador responsável:Edson Aparecido Adriano
Beneficiário:Rayline Thaimenne Alves Figueredo
Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:18/24980-8 - Myxozoa - cnidários adaptados ao parasitismo: integrando diferentes ferramentas para investigar diversidade, história evolutiva, desenvolvimento e interações parasito-hospedeiro, AP.BTA.TEM
Assunto(s):Genômica   Myxosporea   Ultraestrutura   Cynodontidae
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cynodontidae | Genômica | Myxosporea | Nematocistos | trascriptoma | Ultraestrutura | Parasito de peixes

Resumo

Myxozoa (mixozoários) é uma classe do filo Cnidaria que divergiu para o sistema de vida endoparasitário obrigatória, tendo adotado principalmente peixes como hospedeiros vertebrados. Cnidaria é considerada a mais antiga linhagem de animais venenosos e seus compostos tóxicos são utilizados para imobilizar, subjugar e digerir presas, bem como dissuadir e repelir predadores e competidores. Suas toxinas são produzidas pelo aparelho de Golgi de células especiais denominadas cnidócitos e armazenadas nos nematocistos, que são pequenas cápsulas contendo um túbulo enrolado e eversível, responsável por liberar o veneno. Diferentemente dos cnidárias de vida livre, mixozoários não usam seus nematocistos (cápsulas polares) para alimentação ou defesa, mas sim para ancorar o mixosporo infectante no hospedeiro durante o processo infecção. Porém, ainda pouco se sabe sobre as características, funções e evolução dos cnidócitos destes parasitos. Estudos recentes mostraram que além de ancorar o mixosporo no hospedeiro, os túbulos dos nematocistos podem também servir como um dispositivo de entrega, liberando o conteúdo do nematocisto, o que pode facilitar a adesão e/ou penetração no processo de infecção. Tecnologias ômicas - genômica, transcriptoma e proteoma, vem permitindo avançar na compreensão dos componentes das toxinas de Cnidaria de vida livre, mas os resultados são ainda incipientes e controversos em Myxozoa. A América do Sul é o continente com maior ictiofauna de água doce, e dentre esta diversidade destaca-se a espécie Rhaphiodon vulpinus, família Cynodontidae, uma espécie predadora que está presente em várias bacias hidrográficas do continente. Este projeto tem como objetivo inventariar as espécies de Myxozoa que infectam R. vulpinus em quatro bacias hidrográficas, bem como abordar aspectos da interação parasito-hospedeiro e filogenéticos desses parasitos cnidários. E para isso serão utilizados dados morfológicos, de sequenciamento Sanger e de microscopia eletrônica de transmissão. Além disso, visando contribuir para o avanço do conhecimento sobre as toxinas produzidas pelos cnidócitos de Myxozoa, utilizaremos a espécies Ceratomyxa barbata, recentemente encontrada em altas prevalências e intensidades na vesícula biliar de espécimes de R. vulpinus oriundos das bacias Amazônica e do Paraná, para caracterizar as estruturas e funções das organelas responsáveis pela produção e liberação de substâncias presentes nematocistos, bem como identificar a maquinaria genética envolvida na síntese dessas substâncias e seus padrões evolutivos.

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