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Imobilidade como signo de resistência: o "autoconfinamento" das comunidades étnicas no Pacífico colombiano (2018-2024)

Processo: 23/06868-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de janeiro de 2024
Vigência (Término): 31 de dezembro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Elias David Morales Martinez
Beneficiário:Raquel Araújo de Jesus
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
Assunto(s):Migrações   Resistência
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Imobilidade Humana | Migrações | Mobilidade Humana | Resistência | Estudos migratórios

Resumo

A Colômbia é, ainda hoje, palco de uma das piores crises humanitárias do Ocidente. Com uma população com cerca de cinquenta milhões de pessoas, o país possui atualmente mais de nove milhões de vítimas do conflito armado, que foram oficialmente reconhecidas e registradas por seu governo. Dentre elas, mais de oito milhões de pessoas tiveram que abandonar suas casas e meios de sustento em busca de proteção. Consequentemente, a Colômbia possui o maior número de pessoas internamente deslocadas no globo. Nos últimos anos, a guerra colombiana tem se expressado de forma mais intensa na região do Pacífico, afetando, de maneira desproporcional, as comunidades étnicas que ancestralmente ali habitam e desenvolvem seus modos culturais de vida. Frente a esse cenário de desenraizamento, os grupos étnicos avançam processos de resistência civil, visando fortalecer a identidade e garantir a manutenção do controle territorial. Isso porque, para os povos indígenas e afrodescendentes, o território é o espaço de vida sem o qual não é possível se viver em sua completude. Em vista disso, por meio das contribuições fomentadas pela linha de pensamento de "migrações de crise" e pelas "Epistemologias do Sul", a presente pesquisa tem como objetivo analisar o nexo entre mobilidade e imobilidade humana na Colômbia, a partir das experiências de resistência civil das comunidades étnicas da região do Pacífico entre os anos de 2018 e 2024. Para isso, lança mão da praxiografia, como ferramental metodológico, visando apreender tais práticas de resistência coletiva conformadas com o apoio das organizações étnico- territoriais da região. Como resultado, a pesquisa desenvolve o conceito de "autoconfinamento", problematizando binômios que são centrais para o campo de estudos migratórios, bem "co- laborando" para uma melhor compreensão e maior visibilização da problemática no país.

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