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Análise Multi-Ômica Do Metabolismo e Microbioma de Cães e Gatos Saudáveis E Com Melanoma Oral

Processo: 23/16785-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Vigência (Início): 01 de fevereiro de 2024
Vigência (Término): 31 de janeiro de 2026
Área do conhecimento:Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Pesquisador responsável:Thiago Henrique Annibale Vendramini
Beneficiário:Natacha Teixeira
Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/06499-6 - Análise multi-ômica do metabolismo e microbiota de cães e gatos saudáveis e doentes, AP.GR
Assunto(s):Microbiota
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Análise multi-ômica | Melanoma oral em cães | Melanoma oral em gatos | Microbioma | Nutrição de cães | Nutrição de gatos | Nutrição de cães e gatos

Resumo

As doenças neoplásicas estão normalmente associadas à perda de peso severa. À essa perda de peso dá-se o nome de "caquexia do câncer" (MICHEL et al., 2004), que pode ocorrer tanto em virtude de um impedimento físico à passagem do alimento de maneira adequada e suficiente ao trato gastrointestinal, quanto como resultado de síndrome paraneoplásica, para qual ainda se necessitam mais estudos para completo entendimento de como se desenvolve (FASCETTI & DELANEY, 2012). No caso da síndrome paraneoplásica, o animal normalmente enfrenta uso ineficiente de nutrientes que fornecem energia (proteínas, gorduras e carboidratos) e, por isso, atender às suas necessidades nutricionais torna-se um desafio.Acredita-se que a alteração de mediadores inflamatórios e metabólitos diversos, decorrentes do processo neoplásico, seja responsável pelo aumento da demanda energética e, dessa forma, seja a principal razão para a perda de peso (MICHEL; et al., 2004). Fatores além da genômica tumoral influenciam no desenvolvimento do câncer e nas respostas terapêuticas, dentre eles, aspectos relacionados ao hospedeiro, como respostas metabólicas, condição e composição corporal e microbioma intestinal/fecal. No entanto, mais estudos são necessários para compreender exatamente como essas alterações ocorrem. Tumores orais abrangem neoplasias que surgem da gengiva, mucosa bucal, mucosa labial, palatos, língua, tonsilas ou elementos dentários (FOSSUM, 2015; REQUICHA et al., 2015) e são comumente relatados na rotina de atendimentos clínicos de cães e gatos (SALGADO et al., 2008; FOSSUM, 2015; MIKIEWICZ et al., 2019). Eles são em sua maioria benignos (VERHAERT, 2010; WINGO, 2018). Os malignos representam, aproximadamente, 5,4 e 7% de todos os tumores em cães e possuem prognóstico reservado, principalmente, em muitos casos, pelo diagnóstico tardio (VERHAERT, 2010; PROUTEAU & ANDRÉ, 2019). A investigação de como os fatores ambientais influenciam a oncogênese e a progressão tumoral e também como manipulações da microbiota intestinal podem melhorar a performance clínica de agentes terapêuticos antitumorais é uma abordagem recente na medicina humana (ZITVOGEL et al., 2015). Sabe-se que a microbiota possui comunicação constante com as diversas reações que ocorrem no organismo do hospedeiro e que essa comunicação sofre alterações ao longo do tempo. A interação microbiota-hospedeiro assemelha-se às reações hormonais, por exemplo, de maneira que, frente a certas alterações fisiológicas, modificações microbianas ocorrem em resposta (HOLMES et al., 2012; NICHOLSON et al., 2012). Quanto mais o papel da microbiota na saúde do hospedeiro é estudado, mais criam-se oportunidades de explorar essa interação com o objetivo de melhorar respostas terapêuticas a diversas doenças, dentre elas, o câncer. O estudo da metabolômica visa empregar análise de diversos metabólitos de uma amostra plasmática, e a lipidômica visa o estudo abrangente dos lipídeos presentes em um determinado organismo dando ênfase ao metabolismo dos lipídeos e como estão relacionados à progressão da doença. Dessa forma, pretende-se entender as possíveis adaptações metabólicas de um organismo frente a uma determinada doença. As informações obtidas permitem o melhor entendimento do estágio da doença, estresse oxidativo por ela ocasionado e, consequentemente, os dados obtidos costumam fornecer melhores subsídios para abordagem terapêutica mais eficaz (WECKWERTH & MORGENTHAL, 2005; BANDO et al., 2010, KAWABE et al., 2015). O perfil metabólico de animais acometidos por neoplasias orais provavelmente difere de animais saudáveis, bem como comprovadamente o mesmo ocorre quanto a microbiota. Nesse sentido, são necessários mais estudos para entendimento desta reciprocação entre a microbiota fecal, as variações genéticas e metabólicas através das ciências "ômicas" (lipidômica e metabolômica) e a composição corporal de cães e gatos acometidos com este tipo de neoplasia.

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