O outono da formação na obra de Sergio Buarque de Holanda (1936-1958)

• Processo: 23/09050-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2026
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
• Pesquisador responsável: Alfredo Cesar Barbosa de Melo
• Beneficiário: Andre Jobim Martins
• Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Crítica literária História intelectual História da literatura Literatura brasileira Pensamento social brasileiro
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Critica literária | História Intelectual | História literária | Literatura Brasileira | Pensamento Social Brasileiro | Pensamento Social e Literatura Brasileiras

Resumo

A pesquisa busca investigar o conceito-mestre da obra historiográfica e crítica de Sérgio Buarque de Holanda, o de formação, começando em 1936, quando o autor publica Raízes do Brasil, até 1958, quando assume a cátedra de História da Civilização Brasileira da Universidade de São Paulo. Gestada no contato assíduo com expressões literárias e filosóficas do Ocidente, em particular, do mundo ibero-americano, e acrescida decisivamente de influxos alemães do final da década de 1920, a reflexão de Sergio Buarque de Holanda sobre o Brasil atinge sua primeira formulação madura em seu livro de estreia, Raízes do Brasil (1936). A partir desse momento até a defesa de sua tese de cátedra na USP, Sergio Buarque desenvolve sua teoria da formação brasileira em diversos textos dedicados à análise de manifestações intelectuais brasileiras e luso-brasileiras, como a segunda edição de Raízes do Brasil, os estudos postumamente publicados na coletânea Capítulos de Literatura Colonial, redigidos entre o final da década de 1940 e a metade da década seguinte, a dissertação de mestrado Elementos formadores da sociedade portuguesa na época dos descobrimentos (1958) e a tese Visão do paraíso, além de diversos textos mais curtos de crítica literária desenvolvidos no mesmo período e publicados na imprensa diária carioca e paulistana. Partindo da hipótese de que, de 1936 a 1958, Sérgio Buarque efetua uma significativa revisão, e mesmo atenuação, do conceito-mestre (ou ao seu "outono"), este projeto busca melhor precisar as relações entre a trajetória intelectual do autor e as transformações da cultura brasileira no período em tela.