Bolsa 23/14302-0 - Cânone, Immanuel Kant - BV FAPESP
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O problema da liberdade na Crítica da Razão Pura: a passagem da teoria para a prática.

Processo: 23/14302-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Ética
Pesquisador responsável:Paulo Roberto Licht dos Santos
Beneficiário:Rafael Tessare Dias
Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):Cânone   Immanuel Kant   Liberdade   Moral   Filosofia moderna
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antinomia | Cânone | Crítica da razão pura | Kant | Liberdade | moral | Filosofia Moderna

Resumo

Kant afirma na Crítica da Razão Prática que o conceito de liberdade, na medida em que sua realidade é provada por uma lei apodíctica da razão prática, constitui a pedra angular de todo o edifício de um sistema da razão pura, e mesmo da razão especulativa. Isso parece indicar que apenas a segunda Crítica conferiria centralidade ao conceito de liberdade. Contudo, é preciso notar que a liberdade é central já na Crítica da Razão Pura. Conforme algumas indicações de Kant, a questão da liberdade não só constitui o início da filosofia crítica como problema antinômico, mas também possui um grande alcance doutrinal para a primeira Crítica, uma vez que a resolução desse problema diz respeito à própria possibilidade de compreender criticamente a moralidade. Mas, apesar da importância que possui, o conceito de liberdade nesta obra está envolto em uma dificuldade substancial. A saber, o que Kant diz sobre a liberdade no Cânone da Razão Pura parece ser contrário à sua posição na Dialética transcendental. Tal problema é composto por duas dificuldades. Primeiro, a Dialética afirma que a liberdade transcendental é parte essencial da liberdade prática; enquanto o Cânone afirma que a liberdade transcendental é irrelevante para "o prático". Segundo, o Cânone ignora, aparentemente, os resultados da Dialética ao afirmar que a liberdade prática poderia ser conhecida e provada pela experiência, o que parece reduzir a liberdade prática (liberdade da vontade) à causalidade natural. O presente projeto de pesquisa propõe investigar essas dificuldades e possui como pretensão compatibilizar a Dialética com as demandas aparentemente conflitantes do Cânone. Para isso, propomos seguir, em parte, a leitura de Henry Allison, que defende não haver contradição entre os dois pontos da obra. Todavia, para sustentar sua leitura, Allison defende que o conceito de liberdade prática é ambíguo, e que essa ambiguidade estaria presente tanto na Dialética como no Cânone. Esse é o ponto de sua leitura que não podemos acompanhar. Nossa hipótese consiste, portanto, em defender um conceito irrestrito de liberdade prática, sem nenhuma ambiguidade real, que permita compatibilizar as duas seções da primeira Crítica e salvaguardar a unidade doutrinal dessa obra em relação ao conceito de liberdade.

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