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Influência da variabilidade geográfica sobre o potencial neurotóxico e reatividade cruzada com antiveneno comercial de venenos de subespécies de Crotalus durissus (Viperidae-Crotalinae) distribuídas no Brasil

Processo: 24/01800-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Toxicologia
Pesquisador responsável:Rafael Stuani Floriano
Beneficiário:Sofia Nicole da Silva Azevedo
Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE). Presidente Prudente , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ação neuromuscular | Complexo Crotalus durissus | Reatividade cruzada | Soro anti-Crotalus | Variabilidade geográfica | Veneno Viperidae | Venenos e toxinas animais

Resumo

Os envenenamentos por serpentes compreendem o grupo de doenças tropicais negligenciadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), resultando em mais de 2,5 milhões de casos e 150 mil mortes todos os anos no mundo. No Brasil, os acidentes causados cascavéis (Crotalus durissus spp.) representam um importante problema de saúde pública devido à severidade destes envenenamentos. Os acidentes crotálicos são caracterizados por induzir potente efeito neurotóxico e miotóxico majoritariamente mediados por crotoxina, toxina fosfolipase A2 (PLA2) que abrange 70-90% da composição destes venenos. Estudos recentes evidenciaram a influência da variabilidade geográfica no perfil composicional de PLA2 dos venenos de C. d. terrificus e C. d. collilineatus, indicando maior complexidade de suas isoformas em espécimes da região sul e sudeste do Brasil. Neste estudo, propomos avaliar a influência da variabilidade geográfica sobre a atividade neuromuscular dos venenos das serpentes Crotalus durissus cascavella, C. d. collilineatus, C. d. ruruima e C. d. terrificus (cascavéis brasileiras) e sobre a reatividade cruzada destes venenos com o soro comercial anti-Crotalus. Inicialmente, executaremos um protocolo de cinética enzimática para determinar a concentração inibitório mínima de varespladib sobre a atividade PLA2 dos venenos de C. durissus spp., usando um método colorimétrico em espectrofotômetro. Em seguida, determinaremos os níveis de reatividade cruzada dos venenos de C. durissus spp. com o soro anti-Crotalus por Western blotting. Em preparação nervo-frênico diafragma (NFD) de camundongo, vamos comparar as variações no potencial neurotóxico dos venenos de C. durissus spp. e, em seguida, comparar a influência da crotoxina (PLA2) sobre a atividade neuromuscular após inibição com varespladib (inibidor seletivo PLA2). Em adição, avaliaremos também a resposta neuromuscular residual dos venenos de C. durissus spp. após exposição ao antiveneno comercial. Por último, usando as amostras de músculo diafragma preservadas dos protocolos neuromusculares, avaliaremos os níveis de alterações morfológicas causadas pelos venenos de C. durissus spp. Este estudo configura uma investigação não antes realizada e os resultados contribuirão para o entendimento da influência da variabilidade geográfica sobre o perfil de ação neuromuscular dos venenos de Crotalus durissus cascavella, C. d. collilineatus, C. d. ruruima e C. d. terrificus, norteando melhores estratégias para a terapêutica de envenenamentos por estas subespécies.

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