Convergência funcional das comunidades de plantas coexistindo com populações de Pitcairnia flammea Lindl. ao longo de um gradiente altitudinal na Mata Atlântica brasileira

• Processo: 24/08569-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Botânica - Fisiologia Vegetal
• Pesquisador responsável: Clarisse Palma da Silva
• Beneficiário: Cleber Juliano Neves Chaves
• Supervisor: Kenneth James Feeley
• Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: University of Miami, Estados Unidos
• Vinculado à bolsa: 20/14805-4 - Efeito do gradiente térmico altitudinal na convergência adaptativa de comunidades e na adaptação local de Pitcairnia flammea Lindl, BP.PD
• Assunto(s): Competição
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Competição | Convergência adaptativa | diversificação de espécies | Estratégias ecológicas | facilitação | interação entre espécies | Ecofisiologia evolutiva

Resumo

Variáveis abióticas, como temperatura e disponibilidade de água, moldam as distribuições das espécies ao longo de gradientes ambientais, determinando os padrões de composição das comunidades vegetais. No entanto, interações bióticas também podem desempenhar um papel crucial na montagem das comunidades, influenciando a coexistência das espécies e a distribuição de abundâncias. Compreender o impacto relativo das interações bióticas e abióticas ao longo dos gradientes ambientais é, portanto, crucial para prever como os organismos respondem às mudanças climáticas. Aqui, nosso objetivo é explorar como as interações bióticas moldam as estratégias ecológicas das populações de *Pitcairnia flammea* ao longo de um gradiente altitudinal na Mata Atlântica brasileira.A Mata Atlântica brasileira, conhecida por sua alta biodiversidade, é o lar de *P. flammea*, uma bromélia endêmica com ampla distribuição e múltiplas estratégias ecológicas. As populações de *P. flammea* exibem uma estrutura genética significativa e fluxo gênico limitado, permitindo que se adaptem às condições locais. Estudos anteriores mostraram que populações habitando diferentes elevações evoluíram estratégias ecológicas únicas para se adaptarem a diversas condições climáticas, particularmente nas extremidades superior e inferior do gradiente. No entanto, a abordagem ecológica adotada pelas populações em altitudes intermediárias permanece incerta. Explorar como as interações bióticas mudam nas comunidades onde essa espécie prospera pode oferecer insights valiosos sobre sua diversificação.Nosso objetivo é investigar como a composição da comunidade influencia a estratégia ecológica das populações de *P. flammea* ao longo do gradiente altitudinal. Nossa hipótese é que a diversidade de espécies aumenta em direção às elevações intermediárias devido a condições ambientais mais amenas ou benignas, levando a interações negativas aumentadas, baixas abundâncias e divergência fenotípica. Em contraste, espera-se que as populações nas extremidades do gradiente exibam convergência fenotípica e interações positivas, com populações de *P. flammea* alcançando maiores abundâncias e facilitando o crescimento de outras plantas. De acordo com nossa hipótese, prevemos maior diversidade de espécies, funcional e filogenética em elevações intermediárias. Além disso, esperamos encontrar maiores abundâncias de *P. flammea* e convergência funcional nas extremidades mais frias e mais quentes do gradiente altitudinal. Através de levantamentos de campo e manipulações experimentais in situ, nosso estudo visa fornecer insights valiosos sobre a evolução ecológica de *P. flammea* e a diversificação geral no ecossistema da Mata Atlântica brasileira como um todo.