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Os impactos da pandemia de COVID-19 no acesso a oportunidades e meios de subsistência de grupos socialmente vulneráveis em São Paulo

Processo: 24/05779-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de julho de 2024
Vigência (Término): 31 de janeiro de 2025
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Planejamento Urbano e Regional - Métodos e Técnicas do Planejamento Urbano e Regional
Acordo de Cooperação: Trans-Atlantic Platform for the Social Sciences and Humanities
Pesquisador responsável:Sandra Irene Momm Schult
Beneficiário:Beatriz Milz
Instituição Sede: Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS). Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/07554-8 - Impacto da COVID-19 no modo de vida, mobilidade e acessibilidade dos grupos marginalizados (ICOLMA), AP.R
Assunto(s):COVID-19
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Covid 19 | estudos urbanos comparados | Modos de Vida | estudos urbanos comparados

Resumo

A pandemia da COVID-19 tornou mais evidentes as desigualdades sociais e espaciais estruturais em vários locais do Sul Global, inclusive em cidades brasileiras, como é o caso de São Paulo. Nesta cidade, a infeção, a hospitalização e a mortalidade por COVID-19 seguiram padrões de distribuição socioespacial bem definidos. Foram registadas taxas acima da média em áreas periféricas densas, caracterizadas por uma elevada percentagem de pessoas não brancas, pessoas que vivem na pobreza, assentamentos informais e baixos níveis de acesso a serviços básicos (incluindo água canalizada e saneamento).A pandemia também afectou negativamente os meios de subsistência das populações urbanas pobres devido ao seu impacto nos transportes, na mobilidade e na acessibilidade. Combinadas com as medidas de isolamento e distanciamento social anunciadas após o surto pandémico, as restrições à mobilidade (por exemplo, redução da frequência e cancelamento dos serviços de transportes públicos, proibição do tráfego automóvel em determinadas alturas do dia) dificultaram o acesso físico a locais de atividade como locais de trabalho, locais de ensino e instalações de cuidados de saúde. As formas tradicionais de prestação de serviços foram substituídas pela prestação de serviços electrónicos e à distância, modificando as rotinas das pessoas, os espaços de atividade e as possibilidades de ganhar a vida, fazer compras, educar-se e manter-se saudável.A pandemia ameaçou particularmente os meios de subsistência dos grupos socialmente vulneráveis, uma vez que, em comparação com os grupos mais abastados, estes tendem a ser menos capazes de mobilizar recursos para obter acesso físico aos locais onde precisam de estar. Os grupos populacionais com baixos rendimentos são mais dependentes dos transportes públicos para viagens mais longas e menos susceptíveis de substituir os transportes públicos por meios motorizados (por exemplo, automóveis particulares, serviços de transporte). Podem ter mais dificuldades em realizar e beneficiar de actividades à distância (por exemplo, aprendizagem em linha). Estudos recentes sugerem que os resultados de aprendizagem das crianças de agregados familiares com baixos rendimentos que frequentam escolas públicas têm sido significativamente inferiores aos resultados das suas congéneres mais ricas.Os moradores de bairros de baixo rendimento nas cidades do Sul Global enfrentam vários tipos de barreiras para aceder a locais de atividade importantes, e essas questões vão além dos simples factores de localização e distância: a deslocação para os locais de atividade também envolve preocupações com o desconforto, a falta de fiabilidade, a segurança pessoal (especialmente para as mulheres) e o acesso físico (no caso de pessoas com deficiência física). No entanto, ainda não se sabe como o contexto pandémico interage com estas barreiras, afectando a acessibilidade a actividades essenciais. Esta pesquisa visa ampliar e aprofundar a compreensão de como o contexto da COVID-19 afetou os espaços de atividade de grupos marginalizados na cidade de São Paulo e como eles negociaram o acesso a atividades consideradas cruciais para seu bem-estar. Espera-se que o estudo gere recomendações políticas relevantes para o contexto na interface entre o planeamento urbano e regional, a política de transportes e a prestação de serviços para melhorar o acesso a oportunidades por parte dos grupos marginalizados.

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