Efeitos indiretos dos grandes mamíferos herbívoros na emissão de gases do efeito estufa em ecossistemas tropicais.

• Processo: 24/03562-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Vigência (Início): 01 de agosto de 2024
• Vigência (Término): 31 de julho de 2026
• Área do conhecimento: Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia de Ecossistemas
• Pesquisador responsável: Mauro Galetti Rodrigues
• Beneficiário: Daiane Cristina Carreira
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/10639-5 - Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima, AP.CEPID
• Assunto(s): Defaunação Gases do efeito estufa Mamíferos Biologia da conservação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: defaunaçao | Gases de Efeito Estufa | Mamíferos | biologia da conservação

Resumo

As mudanças climáticas afetam significativamente a ecologia e a distribuição de inúmeras espécies e um dos principais fatores causadores do aumento nas temperaturas é a emissão de gases do efeito estufa (GEE), especialmente o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso. Sabe-se atualmente que os animais domésticos, junto com o desmatamento e a ampliação de áreas de pastagens são os grandes responsáveis pela maior parte das emissões, porém, pouco se sabe sobre a influência que os grandes mamíferos herbívoros nativos (GMH) têm na dinâmica dessas emissões. Isso porquê, os GMH são responsáveis por inúmeros serviços ecossistêmicos que irão influenciar a dinâmica das comunidades de plantas, especialmente em florestas tropicais. Embora os grandes mamíferos silvestres constituam uma pequena fração da biomassa total de mamíferos no planeta, a potencial extinção em massa desses animais poderia alterar significativamente os níveis de GHG, especialmente considerando que mais da metade das florestas do mundo estão defaunadas. O objetivo deste estudo é medir e quantificar os efeitos dos GMH no solo e nas emissões de GHG em ecossistemas neotropicais, dada sua capacidade de modificar a estrutura física, química e biológica do solo. O estudo será conduzido em áreas naturais no Pantanal e na Mata Atlântica, utilizando parcelas de exclusão para grandes herbívoros. Os efeitos dos GMH serão avaliados por meio de observações das propriedades do solo, biomassa animal, censo de plantas e medições das emissões de GHG. Espera-se que este estudo forneça insights sobre como os GMH influenciam as emissões de gases de efeito estufa e como sua extinção poderia contribuir para as mudanças climáticas globais.