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Morfologia larval de camarões carídeos: aplicação de diferentes ferramentas microscópicas para taxonomia e sistemática

Processo: 24/13154-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Fixação de Jovens Doutores
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Morfologia dos Grupos Recentes
Acordo de Cooperação: CNPq
Pesquisador responsável:Fernando Jose Zara
Beneficiário:Rafael de Carvalho Santos
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Jaboticabal. Jaboticabal , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:24/01947-6 - Morfologia larval de camarões carídeos: aplicação de diferentes ferramentas microscópicas para taxonomia e sistemática, AP.R
Assunto(s):Microscopia de luz   Microscopia eletrônica de varredura
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Fluorescência confocal | Lysmata | Microscopia de contraste de interferência diferencial de fase | Microscopia de luz | microscopia eletrônica de varredura | Zoea | Taxonomia moderna e microscopias

Resumo

A descrição morfológica dos estágios larvais de crustáceos Decapoda contribuem significativamente para a classificação e identificação de novas espécies, as quais vem sendo descritas principalmente com base nas formas adultas e juvenis, integrada com outras ferramentas, como a biologia molecular, contemplando os requisitos da taxonomia moderna. A identificação de fases larvais pode ser uma tarefa complexa, visto a escassez a respeito da morfologia de diferentes formas larvais, constando apenas uma breve descrição morfológica, poucas ilustrações e um baixo número de indivíduos parentais identificados ao nível de espécie. Tradicionalmente os estudos relacionados à morfologia larval de decápodes utilizam microscopia de luz (ML), seguindo este padrão até os dias atuais. Quando se trata de descrição de camarões carídeos poucos estudos são encontrados utilizando distintas técnicas de microscopia de forma integrada. A aplicação de microscopia eletrônica de varredura (MEV) já foi utilizada para descrição das mandíbulas ou visando detalhes de apenas alguns apêndices, cerdas ou de estruturas específicas do pleon e telson. A maneira de preparar as amostras para o MEV pode ser determinante na qualidade do material resultante, visto que há uma ampla variedade de métodos de fixação aplicados a larvas de carídeos. Quando analisadas estruturas da larva inteira é possível observar uma variação nos métodos de fixação aplicados, podendo ser em uma série graduada de etanol (30%, 50%, 70%); em glutaraldeído 2,5% ou formaldeído 4% (ambos em água do mar); ou em formaldeído 10%. Sendo assim, determinar um padrão específico para preparação de zoeas de carídeos para MEV se mostra necessária para assegurar a qualidade dos dados gerados. Somado a isto, a aplicação de microscopia de contraste de interferência diferencial de fase (DIC) e a fluorescência confocal, que permitem uma observação da morfologia das larvas de forma tridimensional, com contrastes e marcadas por fluoresceínas, podem complementar com informações obtidas pela combinação da ML e da MEV. A integração das diferentes técnicas de microscopia, será testada nas espécies de Lysmata Risso, 1816, camarões carídeos amplamente distribuídos em regiões tropicais e subtropicais, que estão entre os invertebrados marinhos mais comercializados, devido ao seu alto valor para o aquarismo ornamental. Suas espécies estão agrupadas em distintos clados, com linhagens definidas considerando a filogenia molecular, "Tropical American", "Cleaner", "Cosmopolitan" e "Morphovariable", ou a partir de caracteres morfológicos dos adultos, seguindo o ramo acessório da antênula, "long accessory branch" (LAB), "short accessory branch" (SAB) e "ungiform branch" (UB). A morfologia larval é mencionada como uma ferramenta adicional para o conhecimento das linhagens em Lysmata, pela presença ou ausência do quinto par de pereópodos na primeira zoea após a eclosão, no qual espécies que a zoea I eclode com a presença do quinto par de pereópodos contém na fase adulta ramo acessório da antênula longo (LAB) e as que eclodem sem a presença deste apêndice fazem parte de clados distintos (SAB e UB), porém ainda carece de uma avaliação mais robusta de como os caracteres larvais podem contribuir quanto as relações de parentesco dentro do gênero. Atualmente apenas 10 espécies, dentre as aproximadamente 50 descritas, apresentam informações sobre a morfologia larval, pelo menos até a zoea III. Sendo assim, será aplicada uma análise morfológica por meio de técnicas integrativas de microscopia (ML, MEV, DIC e confocal) para descrição dos estágios de zoeas para três espécies de Lysmata, e as características morfológicas de seus apêndices serão comparadas e agrupadas para averiguar a contribuição da morfologia larval na separação dos clados descritos para o gênero. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
NOGUEIRA, CAIO SANTOS; SANTOS, RAFAEL CARVALHO; JACONIS, MILENA SILVA; PESCINELLI, REGIS AUGUSTO. The Second Antenna of Caridean Shrimps: An Approach on the Variation of Flagellar Setae among Species with Different Mating Systems. BIOLOGICAL BULLETIN, v. N/A, p. 11-pg., . (23/01445-8, 23/16546-4, 24/01176-0, 24/13154-0)