Bolsa 24/05595-7 - Branqueamento, Ciência - BV FAPESP
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Recifes de corais brasileiros: resiliência e vulnerabilidades diante das mudanças climáticas

Processo: 24/05595-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Jornalismo Científico
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Jornalismo e Editoração
Pesquisador responsável:Marcelo Visentini Kitahara
Beneficiário:Aline Aparecida Zanotti
Instituição Sede: Centro de Biologia Marinha (CEBIMAR). Universidade de São Paulo (USP). São Sebastião , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Grupo de Usuários Wikimedia no Brasil, Brasil  
Assunto(s):Branqueamento   Ciência   Divulgação científica   Evolução   Microbiota
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Branqueamento | ciência | Divulgação Científica | Evolução | Microbioma | Refúgio Climático | Jornalismo Científco

Resumo

As mudanças climáticas são uma realidade incontestável. O aumento da temperatura do oceano, assim como a acidificação do mesmo figuram entre os principias estressores ao ambiente marinho. Amplamente reconhecido também é o fato de que os corais estão sendo diretamente afetados, como evidenciado pelo fenômeno do branqueamento, que ocorre quando as microalgas endosimbiontes dos corais são expulsas pelo hospedeiro em resposta as anomalias térmicas. Atualmente, uma grande parte dos recifes de corais está ameaçada, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Nesse contexto, três projetos de pesquisa sediados no CEBIMar e financiados pela FAPESP têm os corais como elemento central de estudo, e buscam aprimorar o conhecimento de como os corais brasileiros responderão as mudanças climáticas que estamos vivenciando, seja suportando ou se adaptando. Essas pesquisas incluem os projetos "Integrando ferramentas e disciplinas para entender o futuro dos corais de águas-rasas do Atlântico Sul Ocidental em um planeta em mudanças", "Usando o passado filogenético para prever impactos climáticos: ecofisiologia da simbiose e evolução acelerada na conservação de recifes de coral" e "Trade-offs ecofisiológicos de corais vivendo em refúgios climáticos". De forma geral, estes projetos são complementares e contam com a colaboração formal de diversos grupos de pesquisa de múltiplas instituições que, em conjunto, buscam compreender desde as assinaturas de seleção positiva que contribuíram para a diversidade de corais observada atualmente e suas correlações evolutivas, abrindo novos horizontes para entender quando e como as características dos corais mudaram em diferentes escalas de tempo. Além disso, analisam como a especiação e potencial resiliência dos corais está relacionada com a diversificação de bactérias e zooxantelas, as quais, em conjunto com vírus, arqueias e fungos, compõem o microbioma dos corais, e como a simbiose com esses microrganismos influenciou a evolução da fisiologia dos corais hospedeiros e suas adaptações a ambientes extremos e potencial aumento da tolerância às mudanças climáticas. Não obstante, estes projetos têm o potencial de verificar a existência de refúgios climáticos para os ecossistemas coralíneos do Brasil, auxiliando em estratégias de conservação diante das mudanças climáticas. Além do grande esforço científico, o futuro incerto dos corais é tema que vem gerando grande preocupação pública. Nesse sentido, tornar acessível ao público tanto o funcionamento da ciência no âmbito das pesquisas relacionadas aos corais, quanto as ameaças que estão circundando esses organismos e, por consequência, o ecossistema, se faz necessário. Comunicar ciência para a população, nesse caso, não apenas pode nos trazer aliados quanto a conservação destes ecossistemas, mas também tem capacidade de engajar a sociedade sobre a importância do desenvolvimento científico no nosso país.

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