Resíduos plásticos e toxicologia reprodutiva: abordagens in vivo e in silico dos aspectos reprodutivos femininos

• Processo: 24/01724-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
• Situação: Interrompido
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Morfologia - Embriologia
• Pesquisador responsável: Wellerson Rodrigo Scarano
• Beneficiário: Patrick Vieira de Souza
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 24/21926-3 - Exposição a ftalatos e nanoplásticos e toxicologia reprodutiva feminina: cultura de ovários neonatais inteiros e folículos antrais de ratas, BE.EP.MS
• Assunto(s): Microplásticos Ovário Toxicologia reprodutiva
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: DOHaD | microplástico | mistura de ftalatos | Ovário | Toxicologia da Reprodução | Toxicologia do Desenvolvimento

Resumo

Uma das grandes problemáticas atuais atreladas à atividade humana e ao meio ambiente é a exposição a contaminantes ambientais como os plásticos e seus aditivos. Nesse contexto, dentre as substâncias mais estudadas e onipresentes utilizadas na fabricação dos plásticos e facilmente lixiviadas para o meio ambiente estão os ftalatos. Adicionalmente, os micro/nanoplásticos (MNP) vem ganhando evidência no meio científico devido ao aumento e dispersão destas micropartículas em diferentes ambientes e suas propriedades nocivas à saúde humana. Inserido neste contexto, o conceito da Origem Desenvolvimentista da Saúde e da Doença (DOHaD) postula que o ambiente intrauterino e perinatal é determinante para o desenvolvimento dos descendentes, e que, exposições a agentes estressores podem aumentar a suscetibilidade a doenças ao longo da vida. Em meio a essa problemática, o desenvolvimento do sistema genital, em especial o feminino, possui uma repercussão que pode estar relacionado não só com a fertilidade feminina, mas também com alterações que podem ser transmitidas através das gerações. Articulado ao conceito DOHaD, a exposição materna aos aditivos plásticos e nanoplásticos podem impactar no desenvolvimento e na modulação do epigenoma ovariano, levando a alterações reprodutivas, hormonais e patológicas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da exposição a nanoplasticos e ftalatos durante a gestação/lactação sobre parâmetros de maturidade reprodutiva, desenvolvimento e maturação ovariana, bem como, sobre o perfil proteômico da gônada feminina na prole de mâes expostas. Para isso, ratas prenhes SD serão distribuídas em 6 grupos: C: (controle; veículo); T1: 20µg/kg/dia da mistura de ftalatos (MF); T2: 200mg/kg/dia MF; T3: 1mg/kg/dia de nanoplásticos 100 nm (NPs); T4: 20µg/kg/dia MF + 1mg/kg/dia NPs 100 nm; T5: 200mg/kg/dia MF + 1mg/kg/dia NPs 100 nm. O tratamento será feito via oral do dia gestacional 10 (DG10) ao dia pós-natal (DPN21), baseado em estudos anteriores. A prole feminina será acompanhada quanto à abertura vaginal, primeiro estro e ciclicidade estral. No DPN22 e 120, ratas porvenientes de cada grupo serão anestesiadas e os ovários serão coletados para análises histológicas (HE) e avaliação dos folículos e para análise proteômica. Além disso, os resultados da proteômica serão analisados in sílico e os principais alvos serão validados por western blotting. Alvos relacionados a alterações reprodutivas endócrinas e vias oncogênicas serão os principais alvos para as análises em larga escala.