Denegrindo os clássicos da economia do desenvolvimento: limites teóricos impostos às teorias do desenvolvimento por suas perspectivas raciais

• Processo: 23/14449-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Vigência (Início): 01 de outubro de 2024
• Vigência (Término): 30 de junho de 2027
• Área do conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Economia - Crescimento, Flutuações e Planejamento Econômico
• Pesquisador responsável: Fernanda Graziella Cardoso
• Beneficiário: André de Jesus Torres
• Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pesquisa. Universidade Federal do ABC (UFABC). Ministério da Educação (Brasil). Santo André , SP, Brasil
• Assunto(s): Desenvolvimento econômico Desigualdade História do pensamento econômico Relações étnico-raciais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Desenvolvimento Econômico | desigualdade | Economia do desenvolvimento | História do Pensamento Econômico | raça | Relações étnico-raciais | Economia do Desenvolvimento

Resumo

A perspectiva eurocêntrica do conhecimento distorce a compreensão do fenômeno do desenvolvimento em toda a sua complexidade, impedindo países subdesenvolvidos, na periferia do capitalismo, de identificar e resolver seus verdadeiros problemas ou a tratá-los de maneira parcial e distorcida. O silêncio e o desconhecimento que prevalecem nas ciências econômicas sobre a relação entre raça e desenvolvimento, inclusive no campo da Economia do Desenvolvimento, evidenciam que o racismo, por meio do epistemicídio eurocêntrico, pode obstruir a capacidade de compreensão de aspectos decisivos da realidade mesmo daqueles que desejam sinceramente transformá-la. Buscamos responder ao seguinte questionamento: a perspectiva racial dominante no campo da Economia do Desenvolvimento clássico distorce a compreensão de aspectos decisivos da realidade periférica? A pesquisa aborda a perspectiva racial expressa no pensamento econômico de vinte e um textos clássicos da Economia do Desenvolvimento, escritos pelos Pioneiros do Desenvolvimento e por outros autores do pós-II Guerra Mundial que fizeram das teorias do desenvolvimento um campo específico da ciência econômica. A pesquisa se desenvolve metodologicamente a partir de um estudo qualitativo que enfoca a História do Pensamento Econômico. Os principais instrumentos da investigação são a Revisão Bibliográfica e a Discussão Teórica, tendo como fundamentação teórica o pensamento periférico de autores e autoras do Sul Global (um conjunto pré-determinado de referências bibliográficas extraídas das ementas previstas no projeto pedagógico do PPG-EPM) acerca das relações entre raça e desenvolvimento. (AU)