Bolsa 24/10239-5 - Neoplasias do colo uterino, Imunomodulação - BV FAPESP
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Efeitos imunomoduladores da exposição crônica ao butirato sobre o microambiente de câncer cervical.

Processo: 24/10239-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
Pesquisador responsável:Ana Paula Lepique
Beneficiário:Francisco Cândido do Nascimento Pombo
Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Neoplasias do colo uterino   Imunomodulação   Macrófagos   Progressão tumoral   Imunologia tumoral
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:butirato | câncer cervical | Imunomodulação | Macrófagos | progressão tumoral | Imunologia tumoral

Resumo

O câncer cervical é um tumor causado pela infecção por Papilomavírus Humano (HPV) e temincidência global, sendo maior em países em desenvolvimento. Apesar de infecção por HPVser um fator obrigatório para o desenvolvimento destes tumores, tem-se mostrado quealterações na microbiota genital podem participar deste processo. Dados da literatura têmmostrado que a diminuição de bactérias do gênero Lactobacillus, produtoras de lactato, e oaumento de bactérias anaeróbias, produtoras de ácidos graxos de cadeia curta são alteraçõesassociadas ao desenvolvimento deste tipo de câncer. Um desses ácidos graxos é o butirato,uma molécula capaz de ativar com receptores GPR41, GPCR43 e GPR109A e inibir aatividade de histona deacetilases (HDACs). Dado o amplo papel de controle epigenético deHDACs, não é surpreendente que trabalhos mostram que o butirato é capaz de exerceralterações significativas no ciclo celular, metabolismo celular e diferenciação das célulasimunes e tumorais, embora os resultados encontrados sejam, não raramente, contraditórios.Tais alterações podem exercer um papel tanto pró-tumoral (imunossupressão) quantoanti-tumoral (aumento da apoptose de células tumorais e da capacidade microbicida demacrófagos). Portanto, butirato pode ter efeito sobre as células tumorais diretamente e sobreo microambiente tumoral. Novamente, a literatura tem dados divergentes sobre o papel debutirato sobre células do microambiente tumoral. Dados preliminares do nosso laboratórioconfirmam que butirato é capaz de inibir proliferação e induzir morte de queratinócitosimortalizados, mesmo que eles expressem oncogenes de HPV. Com isso, estamos trabalhandocom a hipótese de que butirato pode ter um papel terapêutico duplo contra câncer do colouterino: induzir morte das células tumorais e, ao mesmo tempo, ativar mecanismoscitotóxicos em macrófagos. Nosso objetivo será testar esta hipótese, utilizando co-culturas decélulas tumorais e células imortalizadas com macrófagos primários. Esperamos ser capazesde trazer mais informações, com experimentos bem controlados, para essa área de pesquisasobre câncer do colo uterino. Além disso, se nossa hipótese se mostrar correta, estaremosfrente a uma potencial ferramenta terapêutica contra este tipo de câncer.

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