A Sociedade dos Amigos: o quakerismo e a condenação da escravidão na imprensa fluminense (1840-1850)

• Processo: 23/17786-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: Ricardo Alexandre Ferreira
• Beneficiário: Sofia Zambelli Menck
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Assunto(s): Emancipação Imprensa
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Emancipação | escravidão no Brasil | Imprensa | Quaker | Segundo Reinado | Imprensa e Escravidão

Resumo

O longo processo de condenação da escravidão no Brasil ficou marcado pelas sucessivas investidas britânicas e o ocorrido com a participação da Sociedade dos Amigos nesse processo não foi diferente. A Sociedade dos Amigos, mais conhecida como movimento Quaker, foi uma vertente radical do protestantismo e contribuiu com argumentos relevantes para o debate cristão sobre a escravidão de africanos e descendentes. Já no início do século XVIII, os quakers produziram discursos morais de teor abertamente crítico do cativeiro e, quando efetivamente o abolicionismo britânico do século XIX ganhou corpo, os Amigos envidaram esforços para ocupar um lugar de destaque no debate. Em 1839, um grupo composto majoritariamente por quakers fundou, com o objetivo de observar e mediar o escravismo de países estrangeiros, a British and Foreign Anti-Slavery Society (BFASS). A historiografia especializada tem indicado que os argumentos manejados por esses religiosos contra o cativeiro de africanos e descendentes chegou ao Brasil, sobretudo a partir de meados do século XIX. Com o objetivo de aprofundar a compreensão desse indicativo, esta pesquisa pretende, por meio, principalmente, da análise dos periódicos Correio Mercantil, Jornal do Commercio, O Philantropo e Anti-Slavery Reporter, investigar a participação do conjunto de argumentos morais produzidos por membros da Sociedade dos Amigos no âmbito da extensa rede de ativistas pró-emancipação do Rio de Janeiro durante o Segundo Reinado.