Bolsa 24/17031-0 - Células endoteliais, Envenenamento - BV FAPESP
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Contribuições do Sistema Complemento e Células Endoteliais na Imunopatologia dos Envenenamentos por Abelhas Africanizadas (Apis mellifera)

Processo: 24/17031-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Imunologia - Imunoquímica
Pesquisador responsável:Denise Vilarinho Tambourgi
Beneficiário:Felipe Silva de França
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/07467-1 - CeTICS - Centro de Toxinas, Imuno-Resposta e Sinalização Celular, AP.CEPID
Assunto(s):Células endoteliais   Envenenamento   Mecanismos moleculares   Sistema do complemento   Venenos   Toxicologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Apis melifera africanizada | células endoteliais | envenenamento | mecanismos moleculares | sistema complemento | veneno | Toxinologia

Resumo

Eventos inflamatórios não controlados têm sido associados a uma variedade de condições clínicas, pois podem resultar em lesão tecidual, disfunção orgânica e até mesmo morte, especialmente em casos de envenenamentos por animais peçonhentos. Nos últimos anos, os envenenamentos causados por picadas de abelhas africanizadas (Apis mellifera) aumentaram significativamente no Brasil. Esses acidentes podem apresentar características clínico-laboratoriais distintas, influenciadas por fatores como a sensibilização prévia dos pacientes e a quantidade de veneno injetada.Diante desses fatores, quatro cenários clínicos podem ser observados em indivíduos envenenados: 1) reações inflamatórias locais, 2) manifestações alérgicas, 3) choque anafilático e/ou 4) reações tóxicas sistêmicas. Embora esses cenários envolvam diferentes elementos moleculares e celulares, uma característica comum é a presença de alterações circulatórias, que resultam em formação de edemas extensos, vasodilatação sistêmica, choque, hipo- e hipertensão arterial. Essas alterações podem contribuir para a falência renal e até mesmo a morte observadas em casos de envenenamento. Apesar de sua importância, os eventos moleculares, celulares e inflamatórios que governam essas alterações ainda não são completamente compreendidos.Estudos demonstraram que pacientes atacados por enxames apresentam, por vários dias e semanas após o envenenamento, níveis elevados de veneno na circulação. O veneno das abelhas africanizadas (AmV) é conhecido por ser altamente citotóxico para eritrócitos circulantes. No entanto, os efeitos das toxinas do AmV sobre outros componentes da circulação sanguínea, como o sistema complemento e células endoteliais, e a interação entre esses elementos durante os envenenamentos ainda carecem de investigação. A literatura relata casos de pacientes atacados por enxames que apresentaram complementopatia, caracterizada pela redução drástica nos níveis circulantes do componente central do sistema complemento, a proteína C3.Dados preliminares do nosso grupo sugerem que o AmV atua como um potencial ativador do complemento humano, uma vez que, em modelos de soro humano normal, induz a geração das anafilatoxinas C3a, C4a e C5a, além do complexo C5b-9 solúvel. Em modelos de sangue total humano, o AmV também provoca um aumento nos níveis circulantes de DAMPs relacionados à destruição eritrocitária, assim como um aumento nas concentrações de várias quimiocinas e eicosanoides. Esses efeitos do AmV em diferentes modelos experimentais indicam que, por meio de eventos inflamatórios, podem ocorrer alterações circulatórias que contribuem para a imunopatologia das diversas manifestações clínicas dos envenenamentos por abelhas africanizadas.Dessa forma, o presente estudo propõe investigar os efeitos diretos do AmV, tanto isoladamente quanto em interação com o sistema complemento e outros mediadores inflamatórios, além dos DAMPs liberados pela ação das toxinas do AmV sobre células endoteliais in vitro. A análise da contribuição desses elementos para aspectos fisiopatológicos do envenenamento in vivo é essencial para um melhor entendimento e manejo dos casos de envenenamento por abelhas africanizadas.

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