O abismo em tela. "Dispositivo de Alerta" e Análise Sociológica em Três Filmes Contemporâneos

• Processo: 24/06993-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Data de Início da vigência: 28 de novembro de 2024
• Data de Término da vigência: 25 de fevereiro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
• Pesquisador responsável: Mauro Luiz Rovai
• Beneficiário: Mauro Luiz Rovai
• Pesquisador Anfitrião: Anne Simon
• Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: École Normale Supérieure, França
• Assunto(s): Sociologia do cinema
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Análise sociológica de filmes | Autonomia e heteronomia | Filme como Dispositivo de Alerta | Significações imaginárias | sociologia do cinema | Sociologia do cinema

Resumo

Esta pesquisa discute a noção de empresa como significação imaginária social em três filmes contemporâneos - Você não estava aqui (dir. Ken Loach, Reino Unido, França, Bélgica, 2019), Exílio (dir. Visar Morina, Alemanha, Bélgica, Kossovo, 2020) e Un autre monde (dir. Stéphane Brizé, França, 2021). O objetivo é identificar determinadas aproximações, distanciamentos ou insistências que nos permitam perspectivar certos aspectos das sociedades contemporâneas, notadamente aquelas em que a forma empresa é dominante na maneira como as pessoas dão sentido à vida, aos outros e ao mundo em que habitam. A hipótese é que esses filmes constituem uma espécie de tríptico e que, em conjunto, poderiam ser vistos como "dispositivo de alerta", pois os elementos que neles insistem parecem encenar as significações imaginárias ligadas mais ao desejo de heteronomia do que ao de autonomia. Do ponto de vista metodológico, tanto a base epistêmica - os fundamentos teóricos que nos permitem lidar com imagens e sons como objeto de investigação na sociologia - quanto a procedimental - o modo de análise - está mediado por dois autores: o sociólogo Pierre Francastel e o historiador Pierre Sorlin. O cuidado de fundo é dar carácter heurístico à análise de filmes, fazendo-os falar a partir de hipóteses colocadas ao seu universo plástico, expressivo, e não os tomar como material secundário para comprovar o que outros domínios das ciências sociais já mostraram por meio de outros métodos.