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Medidas econômicas de adaptação a anomalias hidrológicas: análises com modelos de equilíbrio geral computável para regiões hidrográficas brasileiras

Processo: 24/18839-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Vigência (Início): 01 de novembro de 2024
Vigência (Término): 30 de junho de 2025
Área do conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Economia - Economias Agrária e dos Recursos Naturais
Pesquisador responsável:Jose Antonio Marengo Orsini
Beneficiário:Jaqueline Coelho Visentin
Instituição Sede: Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:14/50848-9 - INCT 2014: INCT para Mudanças Climáticas (INCT-MC), AP.PFPMCG.TEM
Assunto(s):Brasil   Mudança climática
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anomalias hidrológicas | Brasil | impactos socioeconômicos e ambientais | modelo CGE | mudanças climáticas | Economia das Mudanças Climáticas

Resumo

A água desempenha um papel central. No nexo água-sociedade, a água é usada para atividades de consumo, e a higiene é percebida como um elemento da dignidade humana. O acesso à água limpa e saneamento leva a benefícios para a saúde. No nexo água-economia, a água é um insumo para atividades econômicas, e sua disponibilidade determina o cultivo de culturas irrigadas, produção florestal, criação de gado, pesca, geração de energia, produção industrial, serviços de transporte, turismo e distribuição de água e tratamento de esgoto. No nexo água-ambiente, a água suporta componentes ecológicos, como a preservação da biodiversidade aquática e terrestre e a regulação dos ciclos físicos naturais. O aquecimento global está associado a mudanças nos componentes no ciclo hidrológico. Ao longo do século XXI, veremos uma maior frequência de eventos hídricos extremos caracterizados por chuvas intensas e episódicas com grandes quantidades de escoamento intercaladas com longos períodos de seca e evaporação. Ao reconhecer que as anomalias hídricas, especialmente as ocorrências de escassez, podem representar um obstáculo significativo para o progresso socioeconômico, surge a necessidade de propor e avaliar instrumentos econômicos de gestão dos recursos hídricos, sendo esses caracterizados como estratégias de adaptação as mudanças climáticas. Este projeto propõe a avaliação de duas medidas econômicas específicas de adaptação a cenários de anomalias hídricas. A primeira consiste na cobrança pelo uso de recursos hídricos por atividades econômicas intensivas em água. Nesse caso, esperamos mensurar os impactos econômicos e ambientais diretos e indiretos decorrentes da cobrança. A segunda medida envolve a avaliação econômico-financeira de seguros para reduzir os riscos diante de possíveis perdas relacionadas às anomalias hídricas. Em ambos os casos, utilizaremos uma abordagem metodológica baseada na modelagem de equilíbrio geral computável. As regiões hidrográficas brasileiras foram escolhidas como área de estudo. A cobrança hídrica emerge como uma estratégia de adaptação em cenários de anomalias hídricas, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas. A implementação de sistemas de cobrança pelo uso de recursos hídricos não apenas reflete a necessidade de valorizar e preservar esse recurso, mas também pode promover uma alocação mais eficiente desse recurso, incentivando os usuários a adotar práticas sustentáveis e a reduzir o desperdício. Além disso, a cobrança hídrica pode gerar receitas que podem ser direcionadas para investimentos em infraestrutura hídrica, como sistemas de tratamento e distribuição, medidas de conservação de água e programas de adaptação e mitigação às mudanças climáticas. Esses recursos financeiros podem contribuir significativamente para fortalecer a resiliência das comunidades e sistemas frente a eventos hidrológicos extremos. O uso de seguros em situações de anomalias hídricas emerge como uma estratégia de adaptação em cenários de incerteza e riscos crescentes relacionados às mudanças climáticas. Ao oferecer uma rede de proteção financeira, os seguros desempenham um papel na redução do risco e no aumento da resiliência de sistemas e comunidades vulneráveis frente a eventos hidrológicos extremos. Essa proteção financeira não apenas ajuda a reduzir o impacto econômico direto desses eventos, mas também permite uma recuperação mais rápida e eficaz, fortalecendo assim a capacidade de adaptação e resiliência de um sistema. Ao transferir parte do risco financeiro associado aos eventos hidrológicos extremos a terceiros, os seguros estimulam os tomadores de decisão a implementar medidas preventivas, como o desenvolvimento de infraestruturas. Cabe ressaltar que os seguros em situações de anomalias hídricas não apenas oferecem proteção financeira individual, mas também contribuem para fortalecer a resiliência de toda a comunidade e do sistema em que estão inseridos.

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