Validação de microRNAs ligados a carcinogênese e modulados epigeneticamente em trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos

• Processo: 24/15281-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
• Pesquisador responsável: Henrique César Santejo Silveira
• Beneficiário: Guilherme Cassiano
• Instituição Sede: Hospital do Câncer de Barretos. Fundação Pio XII (FP). Barretos , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 18/24069-3 - Do biomonitoramento ao reconhecimento de assinaturas do exposoma humano visando antecipar riscos para uma saúde contínua, AP.TEM
• Assunto(s): Biomarcadores Biópsia líquida Epigenômica MicroRNAs Agrotóxicos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biomarcador | Biópsia líquida | ddPCR | Epigenética | miRNA | Pesticidas | Biomonitoramento humano

Resumo

Os agrotóxicos são substâncias sintéticas utilizados no âmbito agrícola para controle de pragas e para garantir a produção de alimentos a nível global. O Brasil é um dos maiores consumidores de pesticidas do mundo, o que corrobora para uma grande população de trabalhadores rurais que são expostos a esses compostos diariamente. Nesse sentido, estudos demonstraram que a exposição aos pesticidas pode estar envolvida com danos ao DNA, promovendo a instabilidade genômica e, consequentemente, levando a doenças e vários tipos de câncer. Além disso, outros estudos presumem que modificações epigenéticas, responsáveis pelo controle da expressão gênica através da interação a fatores ambientais, podem explicar o desenvolvimento de câncer com envolvimento dos agrotóxicos. Dentre os mecanismos epigenéticos, os pesticidas mostraram causar alterações na expressão dos microRNAs (miRNA), que são responsáveis pela modulação da expressão gênica de maneira pós-transcricional, e estão fortemente envolvidos com a carcinogênese. Na literatura, os miRNAs estão relacionados com danos teciduais provocados pela exposição ambiental ou ocupacional a diversos tipos de carcinógenos, podendo ser utilizados no biomonitoramento humano como potenciais biomarcadores de exposição com associação ao desenvolvimento de doenças. Nessa perspectiva, os miRNAs podem ser detectados em biópsia líquida, como o plasma, através da PCR digital (ddPCR), que é baseada na partição de ácidos nucleicos, sendo capaz de detectar e quantificar de maneira absoluta alvos raros. Assim, o objetivo deste estudo é validar a expressão diferencial do miR-107 e do miR-23b-3p no plasma de indivíduos expostos a agrotóxicos e comparar com indivíduos não expostos. Dessa forma, a ddPCR é uma técnica sensível que pode ser usada para quantificar miRNAs plasmáticos de indivíduos saudáveis expostos a agrotóxicos, permitindo revelar potenciais biomarcadores de exposição a agrotóxicos.