Isótopos estáveis como traçadores da circulação em profundidades intermediárias do Atlântico equatorial nos últimos 14 mil anos

• Processo: 24/14630-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Oceanografia - Oceanografia Geológica
• Pesquisador responsável: Cristiano Mazur Chiessi
• Beneficiário: Gabriel Roque Shimada
• Instituição Sede: Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 18/15123-4 - Perspectivas pretéritas sobre limiares críticos do sistema climático: a Floresta Amazônica e a célula de revolvimento meridional do Atlântico (PPTEAM), AP.PFPMCG.JP2
• Assunto(s): Paleoceanografia Paleoclimatologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Atlantico Equatorial | circulação profunda | Isótopos estáveis de oxigênio e carbono | Paleoceanografia | paleoclimatologia | Paleoceanografia / Paleoclimatologia

Resumo

O Oceano Atlântico compreende duas principais células de circulação meridional que desempenham papéis importantes no sistema climático da Terra. A célula superior transporta para o sul águas originadas no ártico, enquanto a célula inferior transporta para norte águas de origem antártica. Durante as transições glacial-interglacial do Quaternário, chamadas "terminações glaciais", essas duas células mudaram sua geometria, com um aprofundamento do limite entre ambas e a passagem de massas d'água quimicamente estratificadas para mistas. Registros marinhos baseados na análise conjunta da composição dos isótopos estáveis de oxigênio (¿18O) e carbono (¿13C) em foraminíferos epibênticos fornecem informações importantes sobre a distribuição das massas d'água durante o passado geológico. Apesar da existência de estudos sobre mudanças na circulação baseados em reconstituições de ¿13C no oeste do Atlântico Sul, é notável a escassez de trabalhos que caracterizem a evolução temporal da mistura de massas d'água acoplando registros de ¿18O e ¿13C de profundidades intermediárias no Atlântico equatorial em alta resolução temporal. Este projeto investigará as mudanças na circulação do oeste do Atlântico equatorial em profundidade intermediária nos últimos 14 mil anos. Para tanto, será gerada uma série temporal de dados de ¿18O e ¿13C em foraminíferos epibênticos em um testemunho sedimentar marinho coletado no Atlântico equatorial. Os resultados obtidos serão comparados a outros registros de paleocirculação do Atlântico a fim de mapear os limites das massas d'água no oeste do Atlântico nos últimos 14 mil anos.