Influência da disponibilidade de recursos sobre mamíferos terrestres de médio e grande porte em campinaranas da Amazônia Central

• Processo: 24/18392-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Estímulo a Vocações Científicas
• Data de Início da vigência: 10 de dezembro de 2024
• Data de Término da vigência: 29 de janeiro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Ecologia - Ecologia Aplicada
• Pesquisador responsável: Clarissa Alves da Rosa
• Beneficiário: Sara Silva Fernandes
• Instituição Sede: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Brasil). Manaus , SP, Brasil
• Assunto(s): Mamíferos Conservação Chuva Recursos alimentares Secas Florestas Solos arenosos Ecossistema amazônico Amazônia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: chuva | Conservação | Floresta de areia branca | recursos alimentares | Seca | Ecologia de mamíferos

Resumo

A Amazônia é um ecossistema complexo e diversificado, com destaque para as campinaranas, que são florestas de solo arenoso, pobres em nutrientes e sujeitas a alagamentos periódicos. Essas áreas representam 7% da Amazônia Legal Brasileira e são essenciais para a manutenção da biodiversidade, mas carecem de estudos focados em mamíferos, que desempenham funções ecológicas fundamentais, como a ciclagem de nutrientes e a estruturação da cadeia alimentar. O ano de 2024 se apresenta como um desafio, com os rios atingindo cotas de inundação mais baixas do que o esperado, além de uma previsão de seca prolongada até janeiro de 2025. Esse cenário oferece uma oportunidade única para investigar os impactos de secas prolongadas sobre a fauna, em particular os mamíferos. Neste contexto, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) desenvolve um projeto na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro. O objetivo é compreender como a estrutura dos ecossistemas de campinaranas e a disponibilidade de alimentos influenciam a biodiversidade de mamíferos. Até agora, duas amostragens já foram realizadas em 2024, e uma nova amostragem está programada para o pico da seca, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, em parceria com o Programa Aristides Pacheco Leão. A pesquisa utilizará o método RAPELD, com 48 parcelas amostrais ao longo da RDS Rio Negro. As armadilhas fotográficas serão instaladas em cada parcela, funcionando continuamente por 30 dias, permitindo a identificação das espécies de mamíferos presentes. Frutos e sementes também serão coletados para análise de biomassa, o que ajudará a entender a disponibilidade alimentar. Os dados coletados serão comparados com informações obtidas durante as amostragens anteriores em períodos chuvosos e de início de seca. A beneficiária do programa terá sua pesquisa supervisionada pela Dra. Clarissa Alves da Rosa e contará com o apoio de uma equipe de pesquisadores do Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM). Isso garantirá uma experiência completa em pesquisa de campo, abrangendo desde o planejamento até a análise de dados. Ao final do projeto, a beneficiária produzirá uma cartilha informativa destinada a comunidades locais e escolas, abordando a importância ecológica das campinaranas, os mamíferos que habitam esses ecossistemas e sua relação com frutos e sementes. O material buscará conscientizar sobre as ameaças enfrentadas pelas campinaranas em função das mudanças climáticas e destacará a importância da conservação da biodiversidade local. Inicialmente, a cartilha será disponibilizada em formato digital, mas uma versão impressa será distribuída gratuitamente nas escolas da região, através do apoio contínuo da equipe de pesquisa da Dra. Clarissa. Dessa forma, o projeto não apenas contribuirá para o conhecimento científico, mas também para a educação ambiental e a sensibilização das comunidades sobre a importância da conservação na Amazônia. (AU)