Bolsa 24/11328-1 - Cultura sonora, História cultural - BV FAPESP
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Fonografia do Cotidiano. Práticas de uma nova cultura sonora no início do século XX

Processo: 24/11328-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 18 de fevereiro de 2025
Data de Término da vigência: 03 de agosto de 2025
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Artes - Música
Pesquisador responsável:José Geraldo Vinci de Moraes
Beneficiário:José Geraldo Vinci de Moraes
Pesquisador Anfitrião: Susana Bela Soares Sardo
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidade de Aveiro (UA), Portugal  
Assunto(s):Cultura sonora   História cultural   Práticas culturais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cultura Sonora | Fonografia do Cotidiano | História Cultural | historiografia da música | Práticas culturais | História da Cultura Sonora

Resumo

O projeto de pesquisa aqui apresentado destina-se à solicitação de uma bolsa para estágio de pesquisa no exterior a ser desenvolvido no INET-md. Instituto de Etnomusicologia e Estudos da Música Popular, Portugal, para o período de fevereiro de 2025 e agosto de 2025. Este projeto é desdobramento da investigação de longo espectro Sons, ruídos e escutas urbanas, que recebeu Auxílio à Pesquisa Fapesp no período de 2022-2024. De modo geral a investigação intenciona avançar nas discussões e dilemas de um novo território historiográfico que se interessa pelos sons, as sonoridades e as escutas. Portanto, ele pretende compreender os lugares dos sons nas experiências históricas e de suas variações nas temporalidades. Neste horizonte o conceito de Culturas Sonoras aparece como eixo central tanto para a discussão teórica, como na prática investigativa historiográfica. O interesse estrito da pesquisa é o de identificar e compreender como nos primórdios da fonografia no início do século XX houve uma procura por inúmeros caminhos e experiências antes que a música e a canção se tornassem o elemento cultural e a mercadoria central da indústria fonográfica. Tudo indica que nesta fase apareceu, como procuro conceituar, uma espécie de Fonografia do Cotidiano que apresenta, discute e questiona aspectos da vida em profunda transformação naquele período. Geralmente ela estava direcionada a tensionar a vida moderna em comparação com a dinâmica mais compassada do cotidiano arcaico e rural em desestruturação. Ao captar essas mudanças esses fonogramas registravam nos inícios do século XX as alterações nas sensibilidades de modo geral e nas sonoras de maneira especial. Ademais, ela desempenhou uma função pedagógica importante de formação de novas escutas mediadas pelas máquinas. Dest forma, essa Fonografia do Cotidiano estava intimamente associada à construção de uma nova Cultura Sonora. Essa dinâmica é perceptível na fonografia brasileira e também se manifestou em Portugal, como indicam as primeiras pesquisas nos acervos, sediados principalmente na Universidade de Aveiro, permitindo realizar uma história comparada e de trânsito atlântico evidente. Como as pesquisas nestes horizontes tanto no Brasil como em Portugal estão ainda em estágio inicial, esta investigação adquire também caráter inédito e inovador.

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