Bolsa 24/18314-6 - Anti-infecciosos, Biofilmes - BV FAPESP
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Efeito de Fenotiazinas sobre Stenotrophomonas maltophilia nas Formas Planctônica e de Biofilmes

Processo: 24/18314-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Estímulo a Vocações Científicas
Data de Início da vigência: 06 de janeiro de 2025
Data de Término da vigência: 18 de fevereiro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Microbiologia Aplicada
Pesquisador responsável:Débora Castelo Branco de Souza Collares Maia
Beneficiário:Ana Vitória Strilicherk
Instituição Sede: FAC MEDICINA/UFC
Assunto(s):Anti-infecciosos   Biofilmes   Prometazina   Stenotrophomonas maltophilia   Microbiologia médica   Clorpromazina
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antimicrobianos | Biofilmes | clorpromazina | prometazina | Stenotrophomonas maltophilia | Microbiologia Médica

Resumo

Stenotrophomonas maltophilia é uma bactéria Gram-negativa, aeróbia, não fermentadora de glicose, sendo considerada um patógeno emergente que tem levantado preocupação clínica devido a sua resistência intrínseca a múltiplos antimicrobianos e a sua capacidade de formar biofilmes. Essa bactéria pode causar uma variedade de infecções, sendo mais comumente associada a infecções respiratórias em pacientes imunocomprometidos ou hospitalizados. S. maltophilia possui vários mecanismos de resistência a antibacterianos, incluindo enzimas que degradam beta-lactâmicos e, principalmente, sistemas de efluxo. Ao todo, o genoma de S. maltophilia exibe 12 bombas de efluxo, pertencentes a três famílias. Ademais, a capacidade dessa espécie de aderir a superfícies e formar biofilmes dificulta seu tratamento, visto que estas estruturas as protegem da ação de antimicrobianos e do sistema imunológico. Assim, as infecções por S. maltophilia representam um desafio clínico, especialmente em indivíduos imunocomprometidos e debilitados, devido à limitação dos recursos terapêuticos. Nesse contexto, o reposicionamento de fármacos parece ser uma estratégia importante para a busca de alternativas terapêuticas contra bactérias multirresistentes, uma vez que as características farmacocinéticas e toxicológicas desses fármacos já são conhecidos, agilizando e reduzindo os custos do processo de aprovação para uso clínico. As fenotiazinas, como a prometazina e a clorpromazina, são clinicamente utilizadas como anti-histamínicos, antipsicóticos e/ou sedativos, e são conhecidas por apresentarem atividade antimicrobiana, por meio da inibição de bombas de efluxo, além de outros mecanismos de dano celular. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito da prometazina e da clorpromazina sobre S. maltophilia nas formas planctônica e de biofilmes. Inicialmente, serão realizados ensaios de microdiluição para determinar as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) da prometazina e da clorpromazina contra 12 cepas de S. maltophilia na forma planctônica. Em seguida, as cepas serão avaliadas quanto à sua capacidade de formar biofilmes. As cepas formadoras de biofilmes serão expostas à prometazina e à clorpromazina para avaliar os efeito dessas drogas sobre a formação de biofilmes por S. maltophilia e sobre biofilmes maduros dessas espécie bacteriana. Por fim, será avaliada a interação entre prometazina e clorpromazina e os antibacterianos gentamicina, meropenem, levofloxacina e sulfametoxazol-trimetoprim contra S. maltophilia na forma planctônica. Com a presente proposta de trabalho, espera-se conhecer a atividade da prometazina e da clorpromazina contra S. maltophilia na forma planctônica e de biofilmes e elucidar o efeito dessas drogas sobre a sensibilidade antimicrobiana dessa bactéria. Com esses resultados, torna-se possível avaliar o potencial das fenotiazinas como alternativas terapêuticas contra infecções por S. maltophilia.

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