A heterogeneidade térmica de espaços urbanos gera variação intraespecífica no padrão de atividade de abelhas nativas sem ferrão?

• Processo: 25/00650-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Ecologia
• Pesquisador responsável: Raul Costa Pereira
• Beneficiário: Raquel Bendocchi Alves
• Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 20/11953-2 - Ecos da desigualdade socioeconômica na biodiversidade (IneqBio), AP.JP
• Assunto(s): Ecologia urbana Micro-hábitat Comportamento
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: atividade de vôo | Ecologia urbana | microhabitat | variação intraespecífica | comportamento

Resumo

Variações espaciais e temporais de temperatura influenciam como e quando organismos realizam suas atividades. A heterogeneidade térmica promove a existência de microambientes, períodos do dia ou mesmo meses do ano com temperaturas mais favoráveis que outros. Em particular, ecossistemas urbanos são altamente heterogêneos em termos térmicos, o que gera desafios e oportunidades para organismos que habitam cidades. Este projeto busca entender como a atividade de ninhos da abelha nativa mirim Plebeia droryana (Friese, 1900) responde à heterogeneidade espacial e temporal de temperatura. Para tanto, quantificaremos, do amanhecer ao ocaso, a atividade de voo de 10 ninhos de Abelhas-mirimlocalizados construções (e.g., paredes de concreto) ao longo de dois anos. Usaremos uma câmera térmica de alta precisão para medir a temperatura ao longo do dia dos substratos onde os ninhos foram construídos, bem como um novo método baseada em registros sistemáticos por câmeras timelapse para quantificar o número de abelhas que entram e saem do ninho por minuto. Analisaremos os dados com estrutura aninhada modelos generalizados lineares mistos. Os resultados fornecerão informações inéditas sobre a ecologia térmica e comportamental abelhas nativas em ecossistemas urbanos neotropicais, o que tem desdobramentos importantes sobre como manter esses organismos, bem como seus serviços ecossistêmicos, em metrópoles neotropicais frente ao ritmo acelerado das mudanças climáticas.