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A memória das crises políticas e dos ataques contra os bens da Igreja na Gália merovíngia e na Hispânia visigótica

Processo: 25/06477-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
Pesquisador responsável:Marcelo Cândido da Silva
Beneficiário:Isabela Alves Silva
Supervisor: Joye Sylvie Marie Danielle
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França  
Vinculado à bolsa:23/17486-5 - As disputas sobre os bens das igrejas na Gália e na Hispânia bárbaras (séculos VI-VIII), BP.DR
Assunto(s):Idade Média   Igreja   Visigodos   História medieval
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Idade Média | igreja | Merovíngios | Visigodos | História Medieval

Resumo

Este projeto se liga a uma pesquisa de Doutorado no Brasil, na qual investigo o fenômeno de competição pelo patrimônio da Igreja na Gália e na Hispânia bárbaras. A partir de menções à pilhagem, à invasão ou à destruição dos bens eclesiásticos, examino a existência de conflitos pelo patrimônio da Igreja entre os clérigos, e entre eles e agentes externos à hierarquia eclesiástica. No estágio a ser desenvolvido na Université Paris 1 - Panthéon Sorbonne, pretendo investigar por que há, no corpus da pesquisa, uma concentração de menções de ataque aos bens da Igreja nas décadas de 570-580 na Gália e entre 569-587 na Hispânia. Proponho que a concentração se relacione a crises políticas: as guerras dinásticas entre os sucessores do rei Clotário I na Gália, e a crise política-confessional do reinado de Leovigildo na Hispânia, que levou ao fim da coexistência pacífica entre as fés ariana e nicena na Península. Pretendo examinar, em cada sociedade, a relação do patrimônio da Igreja com essas crises. Para isso, analisarei: a importância geográfica e econômica das igrejas, sobretudo as episcopais, nos confrontos; o apoio de comunidades eclesiásticas a facções políticas; como os confrontos políticos podiam se sobrepor a disputas patrimoniais locais do clero e como a construção de uma memória negativa sobre a guerra civil, na Gália, por Gregório de Tours, e sobre Leovigildo, na Hispânia, por autores católicos ajuda a explicar a concentração de menções observada nas fontes. Na Gália, analisarei: as Histórias (594) e a Glória dos Mártires (590) de Gregório de Tours; as atas dos III concílio de Paris (561-564); II concílio de Tours (567) e V concílio de Paris (614) e o preceito de Clotário II (614). Na Hispânia, analisarei: as Histórias (624) de Isidoro de Sevilha; as Vidas dos Pais de Mérida (680) e a ata do III concílio de Toledo (589).

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