A tragedia grega no ion, de euripedes.

• Processo: 02/09170-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2002
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2003
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literaturas Clássicas
• Pesquisador responsável: Fernando Brandão dos Santos
• Beneficiário: Marcelo de Sousa Goes
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Assunto(s): Língua grega Tragédia grega Literatura grega
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Lingua Grega | Literatura Grega | Tragedia Grega

Resumo

O teatro grego inaugura no ocidente a poesia dramática. Mas como gênero literário, distinto da poesia épica e da poesia lírica, que a segue, o gênero dramático antecede a um outro fenômeno intelectual de grande importância para todo o pensamento do ocidente, que é a Filosofia. No Íon, apresentada entre 418 a 414 a.C., Eurípides procurou expor os conflitos do homem ateniense que buscava, no fim do século V a.C., ser dono de si e do seu destino. Diferente das peças de Ésquilo, em que o homem posto em cena estava preso a uma idéia de "justiça divina", nas de Eurípides é o homem que decide sobre sua própria vida, distanciado da esfera do divino; é o homem que tece o seu destino e por ele é responsabilizado, muito mais envolvido em suas paixões. Na sucessão dos episódios, o personagem principal, íon, deixa de ser um servo dedicado a Apoio do início da peça, para tornar-se o herdeiro do trono de Atenas no final, ao descobrir que é o filho do deus e Creusa. Devido a seu final "feliz", íon é classificada como comédia ou tragicomédia. No entanto, talvez seu sentido trágico advenha exatamente do fato de que, na ocasião da apresentação desta peça, Atenas encontrava-se na segunda fase da guerra do Peloponeso, num momento crucial dos valores religiosos, políticos e sociais. (AU)