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O empirismo transcendental como descoberta das multiplicidades e atividade criadora do pensamento na filosofia de Gilles Deleuze

Processo: 08/04202-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2008
Data de Término da vigência: 31 de março de 2010
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Marilena de Souza Chauí
Beneficiário:Sandro Kobol Fornazari
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:07/56080-1 - Ruptura e continuidade: investigações sobre a relação entre natureza e história a partir de sua formulação pelo grande racionalismo seiscentista, AP.TEM
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:acontecimento | Contra-efetuação | diferença | Doutrina das Faculdades | Empirismo transcendental | Ser Unívoco | História da Filosofia Contemporânea

Resumo

A pesquisa pretende investigar inicialmente em que medida a crítica de Gilles Deleuze à doutrina das faculdades de Immanuel Kant é importante para a construção do conceito de empirismo transcendental e para a nova imagem do pensamento que ele vislumbra. Tal crítica se insere numa crítica mais ampla ao modelo da recognição e, em última instância, à tradição da filosofia da representação. Nessa nova imagem do pensamento, apontada por Deleuze, a diferença deve poder ser pensada em si mesma, fora das amarras impostas pelo primado da identidade, e de modo que o pensamento seja a expressão da potência afirmativa da vida. Liberado da soberania do idêntico na representação, o próprio homem passa a ocupar esse "lugar vazio" em que lhe seria possível novamente pensar, visto que o pensamento é conduzido por forças involuntárias, singularidades pré-subjetivas ou "máquinas desejantes", ou seja, pelas diferenças intensivas do ser unívoco, que possuem o estatuto de princípio transcendental a partir do qual se geram as múltiplas faces da experiência. Physis e noûs são o resultado do processo mais profundo de afirmação da diferença a partir dos arranjos intensivos de potência no domínio do transcendental. O ser unívoco pode ser entendido, então, tanto como uma usina criadora de formas e matérias, quanto como produtora de sentido e de pensamento. A partir disso, investigar-se-á em que medida é o tempo histórico o devir das multiplicidades, em que o que importa observar é a origem intensiva das forças que são postas em jogo num dado acontecimento, em outras palavras, segundo a interpretação deleuziana de Nietzsche, jamais se pode encontrar o sentido de uma coisa (fenômeno humano ou da natureza) se não se sabe qual é a força que dela se apropria, a explora, a domina ou nela se exprime. (AU)

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