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Efeito da Pré-Exposição a Enterotoxinas Estafilocócicas no Recrutamento Pulmonar de Eosinófilos em Modelo Murino de Alergia

Processo: 08/00931-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de maio de 2008
Vigência (Término): 30 de abril de 2009
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Geral
Pesquisador responsável:Edson Antunes
Beneficiário:Giovana Gomes
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Hipersensibilidade   Asma   Inflamação   Eosinófilos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Alergia | asma brônquica | Enterotoxinas Estafilocócicas | eosinófilos | Inflamação | mediadores químicos | Farmacologia Geral

Resumo

O acúmulo seletivo de eosinófilos e sua ativação na mucosa brônquica são considerados eventos centrais na patogênese da asma brônquica, doença mundial de prevalência progressiva, responsável por grande parte dos elevados gastos em saúde pública. Há correlação positiva entre o grau de eosinofilia no sangue (e no lavado broncoalveolar) e o de hiperreatividade brônquica com a gravidade desta doença. As enterotoxinas estafilocócicas são proteínas produzidas e excretadas pela bactéria gram-positiva Staphylococcus aureus. São responsáveis pela maioria das condições patológicas associadas a infecções por estes microorganismos, incluindo infecções pulmonares. Trabalhos recentes do nosso grupo mostraram que as enterotoxinas estafilocócicas dos tipos A (SEA) e B (SEB) são capazes de induzir resposta inflamatória pulmonar caracterizada por grande influxo de neutrófilos, que é máximo 4 h após exposição das vias aéreas a estas toxinas, sendo esta resposta mediada pela liberação de metabólitos da COX-2 e da lipoxigenase, do NO, do TNF-a e da IL-6 (DESOUZA et al., 2005, 2006). Interessantemente, estudos clínicos têm relatado uma forte correlação entre a presença de anticorpos do tipo IgE para enterotoxinas estafilocócicas e exacerbação de doenças respiratórias, incluindo a asma brônquica, mas os mecanismos responsáveis por tal exacerbação nos indivíduos pré-expostos às enterotoxinas ainda são pouco investigados e conhecidos. Por isso, iniciamos, há cerca de dois anos, um projeto de pesquisa visando o esclarecimento dos mecanismos envolvidos na exacerbação da resposta pulmonar alérgica (com ênfase para infiltrado eosinofílico presente no lavado broncoalveolar) em ratos pré-expostos às enterotoxina A e B (SEA e SEB). Este projeto constitui a tese de mestrado da aluna Nadia S. Mariano, bolsista Fapesp sob minha orientação (Processo No.06/54104-8). Até o momento, nossos dados mostraram que ratos pré-expostos à SEA e desafiados com ovalbumina (OVA) mostram exacerbação do influxo eosinofílico no lavado broncolaveolar 24 h após o desafio antigênico. Entretanto, embora este modelo em ratos pareça mimetizar condições clínicas e, portanto, funcionar como boas estratégias farmacológia para responder nossas questões, estão encontrando dificuldades em avançar mais profundamente neste projeto com o uso de ratos em função, principalmente, da falta de kits comerciais para diversas substâncias, incluindo imunoglobulinas, citocinas, moléculas de adesão, dentre outras. Por isso, a idéia de se padronizar o modelo (pré-exposição às enterotoxinas e desafio alergênico) em camundongos torna-se interessante. Dessa forma, o objetivo principal deste projeto é investigar, em camundongos, a resposta inflamatória pulmonar alérgica após pré-exposição à SEA ou SEB. Numa primeira etapa, padronizaremos o modelo experimental usando-se diferentes doses de SEA e SEB e diferentes tempos de exposição antes do desafio com OVA. Nesta etapa, serão quantificados o número de leucócitos totais e diferenciais no lavado broncoalveolar (LBA), sangue periférico e medula óssea dos animais. Na vigência de resultados positivos, numa segunda etapa, investigaremos os mecanismos envolvidos na exacerbação, quantificando-se os níveis de mediadores inflamatórios, particularmente da série Th1 (IL-2, TNF-± e g-IFN) e Th2 (IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e eotaxinas), assim como de IgE no LBA/soro dos animais. Este estudo poderá vir acompanhado de medidas morfológicas do tecido pulmonar com vistas à quantificação do infiltrado celular e produção de muco.

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