Transmigrações: corpos, gêneros e prazeres na experiência de travestis brasileiras na indústria espanhola do sexo

• Processo: 07/53918-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Vigência (Início): 01 de maio de 2008
• Vigência (Término): 30 de abril de 2010
• Área do conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
• Pesquisador responsável: Adriana Gracia Piscitelli
• Beneficiário: Larissa Maués Pelúcio Silva
• Instituição Sede: Núcleo de Estudos de Gênero (PAGU). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Mercado erótico Prostituição Travestis Migração internacional Masculinidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Corporalidade | Genero | Industria Do Sexo | Masculinidade | Migracao | Travesti

Resumo

O projeto pretende explorar a relação entre nacionalidade/etnicidade, corporalidade e gênero considerando a inserção de travestis no mercado sexual transnacional, articulando esses elementos a partir das percepções que esses sujeitos elaboram, assim como das demandas da clientela. O campo etnográfico privilegia as cidades de São Paulo (BR) e Madri (ESP), bem como de espaços virtuais como blogs e sites especializados. Especificamente interessa-me (1) explorar a associação entre erotismo e exotismo na constituição de uma gramática sexual que orienta as relações entre clientes estrangeiros e travestis e as implicações dessas relações na produção de identidades, sobretudo de uma subjetividade travesti; (2) verificar a inserção das travestis brasileiras como trabalhadoras na indústria do sexo espanhol mapeando as redes de relações que viabilizam o trânsito e permanência delas fora do país; (3) investigar de maneira comparativa às representações da clientela brasileira e espanhola sobre masculinidade; (4) problematizar os aspectos culturais, políticos e econômicos que motivam essas migrações a fim de adensar as discussões, considerando a agência dessas pessoas e a dinâmica que integra os cenários locais e globais. Além do campo etnográfico a pesquisa envolverá acompanhamento de trabalho de ONGs que lidam com a problemática, bem a análise de documentos sobre migração e mercado do sexo produzido por organismos internacionais. (AU)