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Biotratamento de sacolas plásticas de supermercado em solo

Processo: 08/04582-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de agosto de 2008
Vigência (Término): 31 de julho de 2009
Área do conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Química - Físico-química
Pesquisador responsável:Sandra Mara Martins Franchetti
Beneficiário:Fernanda Heloisa Passolongo
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
Assunto(s):Embalagens plásticas   Biodegradação   Solos   Fungos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:biotratamento | fungos | sacolas plásticas | solo | Biodegradação de Polímeros

Resumo

O plástico, desde que foi descoberto por Alexander Parkes em 1862, vem sendo bastante utilizado para reduzir os custos comerciais e alimentar os impulsos consumistas da civilização moderna. Os estragos causados pelo descarte indiscriminado de plásticos na natureza, atingem atualmente, grandes proporções. No caso específico das sacolas de supermercado, a matéria-prima é o filme plástico, produzido a partir de resinas de polietileno de alta densidade (PEAD) e polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil, são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, o que já representa 9,7% de toda a produção do país. Abandonados em aterros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis e dificultando a compactação dos detritos. Em função da sua pouca degradabilidade, os plásticos permanecem na natureza por períodos longos, causando a poluição visual e em alguns casos, poluição química. Algumas alternativas para a redução do impacto ambiental de embalagens plásticas poluentes têm sido incentivadas no intuito de minimizar a degradação ambiental. A utilização de plásticos oxibiodegradáveis é uma alternativa viável para diminuir o tempo de degradação de materiais plásticos no ambiente. A sacola de supermercado oxibiodegradável tem um período muito mais curto de degradação, que pode variar de 1 a 6 anos, o que é extremamente rápido, considerando o período médio de 200 anos para a degradação do plástico tradicional. O plástico oxibiodegradável tem seu processo de degradação iniciado por uma combinação de luz, calor e estresse, os quais aceleram e afetam a velocidade na qual a degradação progride. A oxibiodegradação de um plástico ocorre em dois estágios: (1) o plástico é convertido pela reação com o oxigênio em fragmentos moleculares que são passíveis de serem umedecidos por água, e (2) essas moléculas oxidadas são biodegradadas, ou seja, convertidas em dióxido de carbono, água e biomassa por microrganismos. Na biodegradação de polímeros, dois mecanismos básicos estão envolvidos: hidrólise biológica e oxidação biológica, dependendo da natureza do polímero e das condições do meio. O aditivo adicionado ao processamento das sacolas oxobiodegradáveis tem o papel de iniciar a degradação, na presença de O2. Os polímeros usados nas sacolas de supermercado são basicamente, polietileno de alta densidade (PEAD) e de baixa densidade (PEBD). O primeiro deles é o 4º termoplástico mais vendido no mundo e o 2º mais reciclado. Este polímero tem alta resistência ao impacto, mesmo à baixas temperaturas e boa resistência a poluentes químicos. Seu ponto de fusão é cerca de 128-135ºC.PEBD é um termoplástico com cadeias ramificadas que influenciam seu grau de cristalização e temperaturas de transição. Este material tem boas propriedades: dureza, alta resistência ao impacto, flexibilidade, além de boas propriedades elétricas. Sua aplicação é significativa como embalagens para alimentos, produtos farmacêuticos e hospitalares, brinquedos, tubos de conexão, mangueiras e filmes plásticos. Seu ponto de fusão é cerca de 110-115ºC. Este projeto pretende analisar diferentes sacolas de supermercado (com e sem aditivos oxibiodegradáveis) em relação a sua biodegradação em solo, usando medidas de massa, infravermelho (FTIR), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e ângulo de contato. (AU)

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