Resumo
Uma das dificuldades encontradas com a implementação do Método Superpave de dosagem de misturas asfálticas tem sido alcançar os vazios do agregado mineral (VAM) mínimo especificados, destacando-se a hipótese de que o problema está associado ao aumento do esforço de compactação provocado pelo compactador giratório Superpave. No Brasil, alguns estudos realizados com misturas asfálticas dosadas segundo os critérios estabelecidos pelo Superpave, apresentam o problema inverso, ou seja, VAM muito altos, o que resulta em valores de RBV acima dos especificados pelo Superpave. Esse fato pode estar relacionado à energia de compactação utilizada, geralmente 75 golpes por face do corpo-de-prova Marshall, pois o volume de vazios (V,), assim como o V AM e a relação betume vazios (RBV) são dependentes do tipo e grau de compactação das misturas. A limitação relativa à compactação Marshall, que impossibilita a diminuição do VAM das misturas através de um maior esforço de compactação, faz com essas misturas tenham sua capacidade de carga subestimada, pois, ao diminuir o VAM, tem-se uma estrutura granular mais densa, resultando em misturas mais resistentes à deformação permanente. Na pesquisa laboratorial proposta, pretende-se avaliar a variação das propriedades volumétricas e a resistência das misturas em função da energia de compactação, variando-se o número de golpes do soquete Marshall. (AU)
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