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Aplicação dos processos oxidativos avançados no tratamento de resíduos gerados na indústria têxtil

Processo: 07/05419-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Vigência (Início): 01 de novembro de 2007
Vigência (Término): 31 de agosto de 2008
Área do conhecimento:Engenharias - Engenharia Química
Pesquisador responsável:Messias Borges Silva
Beneficiário:Rafael Cesar Vieira
Instituição Sede: Escola de Engenharia de Lorena (EEL). Universidade de São Paulo (USP). Lorena , SP, Brasil
Assunto(s):Meio ambiente   Tratamento de águas residuárias   Degradação de contaminantes   Processos oxidativos avançados   Indústria têxtil   Corantes   Compostos azo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Industria textil | Processos Oxidativos Avançados | Tratamento de Efluentes | Meio Ambiente

Resumo

A combinação de processos oxidativos avançados (POAs) utilizando-se peróxido de hidrogênio, ozônio, luz ultravioleta tem sido testada recentemente como alternativas aos processos de tratamento estabelecidos atualmente, com resultados promissores (ARSLAN et. al., 1999 e DE MORAES et. al., 2000; GUIMARÃES E SILVA 2007). Neste contexto o presente projeto tem como objetivo o tratamento do resíduo gerado pela indústria têxtil utilizando POA's associado a um pré-tratamento físico-químico usual devido o resíduo ser altamente poluente impossibilitando assim seu tratamento somente pelos métodos convencionais (tratamento biológico). O setor têxtil apresenta um especial destaque, devido a seu grande parque industrial instalado gerar grandes volumes de efluentes, os quais, quando não corretamente tratados, podem causar sérios problemas de contaminação ambiental. Os efluentes têxteis caracterizam-se por serem altamente coloridos, devido à presença de corantes que não se fixam na fibra durante o processo de tingimento (O'NEILL et. al., 1999). A poluição de corpos d’água com estes compostos provocam, além da poluição visual, alterações em ciclos biológicos afetando principalmente processos de fotossíntese. Além deste fato, estudos tem mostrado que algumas classes de corantes, principalmente azocorantes, e seus subprodutos, podem ser carcinogênicos e/ou mutagênicos (HOUK, 1992; BROWN & DEVITO, 1993). Devido a estas implicações ambientais, novas tecnologias têm sido buscadas para a degradação ou imobilização destes compostos em efluentes têxteis. Os métodos biológicos para tratamento dos efluentes têxteis têm-se mostrado um tanto ineficazes. O método comumente empregado para tratamento de corantes dispersivos é o processo por lodo ativado, que promove uma adsorção do corante no lodo que é separado e levado para aterros. Com as chuvas o corante não degradado pode percolar contaminando o solo e contaminar os lençóis freáticos. Outras tecnologias de tratamento de efluentes baseadas em transferência de fases também são muito empregadas pelas indústrias têxteis. Atualmente, o avanço da tecnologia para tratamento de efluentes e resíduos, baseia-se na sustentabilidade ambiental (reuso dos resíduos) e na degradação dos poluentes a substâncias com maior facilidade de degradação natural. Modernamente, a tecnologia aprimorou-se, destacando-se os Processos Oxidativos Avançados (POAs), os quais se baseiam na geração de radicais hidroxilas como agente oxidante, tem mostrado grande eficiência no tratamento de rejeitos industriais promovendo a descoloração de efluentes e a descontaminação ambiental (PERALTA-ZAMORA, et. al. 1998 e 1999). Esse tipo de técnica associada a processos biológicos tradicionais tem-se mostrado bastante eficazes na remoção da matéria orgânica não-biodegradável presente em efluentes de diversos setores industriais. Neste contexto, o presente projeto tem como objetivo estudar a viabilização do tratamento dos resíduos gerados na indústria têxtil empregando os Processos Oxidativos Avançados. A primeira etapa consistirá em um pré-tratamento físico-químico do resíduo utilizando para tanto um agente precipitante e/ou floculante, com o intuito de reduzir a concentração de matéria orgânica medida em termos de DQO (Demanda Química de Oxigênio) e de Carbono Orgânico Total (COT). Na segunda etapa serão realizados experimentos em bateladas de acordo com um planejamento fatorial L18 (Método Taguchi) objetivando a otimização do tratamento com processos oxidativos avançados (Ozônio/UV e reagente de Fenton/UV) em função dos seguintes parâmetros: fluxo e tempo de ozônio, concentração do reagente de Fenton, uso de UV, pH, temperatura. Ao final de cada etapa de tratamento serão feitas análises de DQO e COT para investigar a porcentagem de redução da matéria orgânica presente no efluente. (AU)

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