O gênero em Machado de Assis: (re)leitura do universo das personagens femininas

• Processo: 10/00215-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2010
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2011
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
• Pesquisador responsável: Cláudia Maria Ceneviva Nigro
• Beneficiário: Jaqueline Padovani da Silva
• Instituição Sede: Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (IBILCE). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José do Rio Preto. São José do Rio Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Feminino Machado de Assis Literatura brasileira
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Crítica em surdina | feminino | Machado de Assis | Patriarcalismo | Literatura Brasileira

Resumo

Esta pesquisa dispõe-se a realizar um estudo acerca das figuras femininas presentes na produção singular machadiana, tendo por base a caracterização do sujeito mulher a partir do olhar lançado pela subjetividade do homem ou da própria personagem feminina. Será traçado um panorama por meio do qual se constatarão as principais diferenças e as maiores aproximações observadas entre obras selecionadas, compostas por Machado em períodos literários distintos, como as produzidas em uma fase na qual o escritor ainda ensaiava o estilo crítico em surdina a respeito do comportamento risível do ser humano. Será analisada, também, a maneira como Machado descreveu e deu vida às formas femininas, que, mesmo próximas do Romantismo em alguns momentos, mostram-se nada açucaradas e não muito propensas ao idealismo exacerbado. Em suma, buscar-se-á um estudo da mulher, em períodos literários distintos, em um dos maiores escritores da Literatura, o qual, segundo a proposta deste trabalho, soube, com discrição mimética e camuflada, criticar a sociedade brasileira patriarcal do século XIX. Será utilizado, como respaldo teórico, um embasamento acerca da presença do feminino na Literatura Brasileira, valendo-se de reflexões, como as de Ferreira (2002), as de Hollanda (2005) e as de Barradas (1999). Serão empregadas, ainda, obras referentes aos aspectos da História do século XIX brasileiro, como a de Gomes (2007) e a de Holanda (1983). Análises, como a de Stein (1984), a de Xavier (1986) e de Rangel (2000), serão válidas para a caracterização das construções femininas de Machado de Assis. Também serão de extrema importância e de valor absoluto as obras concernentes tanto ao contexto social e histórico em que se situa a coletânea de produções machadianas quanto ao desnudamento da crítica e do ceticismo que Machado lançou à sociedade do Segundo Reinado, como as de: Chalhoub (2003); Gledson (1986); Muricy (1988) e Schwarz (2000).