Resumo
Em virtude da grande diversidade da fauna brasileira, a ocorrência de novos parasitos, o registro de novos hospedeiros 1 para espécies de parasitos previamente descritas, a distribuição dos parasitas nas diferentes regiões do país, e a freqüência de helmintos em determinadas populações animais, ainda são temas a serem investigados, principalmente quando os estudos estão relacionados aos animais de vida livre. O Pantanal é a maior planície de inundação contínua do planeta e, relativamente, desconhecida para o resto do mundo. Na primeira metade do século XIX, o naturalista Natterer coletou endoparasitos de peixes, répteis, mamíferos e aves na região de Cuiabá, MT. Esse material originou algumas das primeiras descrições de parasitas no Brasil por Diesing e Rudolphi. Somente quase um século após Natterer, novas coletas de endoparasitos de animais silvestres foram realizadas, na região, por Travassos, e, após essas descrições, pouco tem sido acrescentado sobre a endofauna parasitária de animais no Pantanal. Considerando que na região ocorrem cerca de 80 espécies de mamíferos, 350 de aves, 260 de peixes e 50 de répteis e também grande diversidade de espécies de anfíbios, pode-se afirmar que a endofauna parasitária dos vertebrados no Pantanal está, ainda, em sua maior parte, por ser identificada. Deste modo, pretende-se neste projeto estudar a helmintofauna de Hypsiboas raniceps (Cope 1862), um anfíbio anuro muito abundante na região do pantanal, mas que ainda foi pouco estudado do ponto de vista parasitológico. Espera-se com o presente projeto contribuir para o conhecimento da helmintofauna de anfíbios do pantanal. (AU)
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