Isolamento e caracterização bioquímica da lectina do veneno de Bufo paracnemis
- Auxílios pontuais (curta duração)
Processo: | 08/06316-1 |
Linha de fomento: | Bolsas no Brasil - Iniciação Científica |
Vigência (Início): | 01 de agosto de 2008 |
Vigência (Término): | 31 de janeiro de 2011 |
Área do conhecimento: | Ciências da Saúde - Farmácia - Análise Toxicológica |
Pesquisador responsável: | Eliane Candiani Arantes Braga |
Beneficiário: | Vinicius Vitale |
Instituição-sede: | Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil |
Vinculado ao auxílio: | 05/54855-0 - Toxinas animais: estrutura, função e aplicações biotecnológicas, AP.TEM |
Assunto(s): | Hemaglutinação Citotoxicidade Apoptose Lectinas |
Resumo O estudo de venenos e peçonhas é de suma importância, devido ao seu alto potencial biológico e à existência de princípios ativos que dão origem a diversos fármacos. Lectinas são proteínas capazes de reconhecer de modo específico carboidratos, associados (glicoconjugados) ou não a outras estruturas. Há uma grande diversidade estrutural de glicoconjugados nos seres vivos, a qual está associada a uma diversidade biológica muito significativa, pois estas glicoestruturas podem codificar várias informações biológicas as quais podem ser decodificadas por lectinas. Portanto, o reconhecimento de carboidratos por lectinas é um fenômeno bioquímico associado a vários processos fisiológicos e/ou patológicos como fertilização, embriogênese, migração celular, defesa imunológica, infecção por microorganismos e câncer. As lectinas podem também ter aplicações diagnósticas, terapêuticas e biotecnológicas.Em estudos realizados anteriormente em nosso laboratório foi demonstrada a presença de lectina no veneno extraído do sapo Bufo paracnemis. Foi demonstrado que o veneno apresenta atividade hemaglutinante e que esta ação é devida à presença de uma lectina no mesmo. A aglutinação de eritrócitos ocorre devido à capacidade da lectina se ligar a açúcares específicos presentes na membrana celular das hemácias.Para a obtenção da lectina, o veneno deverá ser extraído das células paratóides dos sapos e, após esse procedimento, a toxina será purificada através de cromatografia de afinidade, troca iônica, filtração molecular e cromatografia líquida de alta eficiência, ou outros meios para que se obtenha a lectina pura. Após sua obtenção, a proteína pura será caracterizada estruturalmente, determinando-se seu peso molecular, ponto isoelétrico e sequenciamento amino-terminal inicial. Será avaliada a atividade hemaglutinante da lectina sobre hemácias de ratos, a inibição da hemaglutinação induzida pela lectina por diferentes açúcares e o efeito de cátions divalentes sobre a atividade hemaglutinante. Serão analisadas a viabilidade de células HL-60 tratadas com lectina pura pelo ensaio MTT, a capacidade da lectina induzir apoptose em células HL-60, por indução da exposição de fosfatidilserina na superfície de células HL-60 e a fragmentação de DNA no tratamento com lectina pura em células HL-60, por citometria de fluxo, que avaliará a citotoxicidade. | |