Estudos da oxidação da calcopirita (CuFeS2) por Acidithiobacillus ferrooxidans e Acidithiobacillus thiooxidans

• Processo: 08/04381-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Pesquisa
• Vigência (Início): 20 de agosto de 2008
• Vigência (Término): 19 de janeiro de 2009
• Área do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Química
• Pesquisador responsável: Oswaldo Garcia Junior
• Beneficiário: Oswaldo Garcia Junior
• Pesquisador Anfitrião: Jaakko Puhakka
• Instituição Sede: Instituto de Química (IQ). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
• Local de pesquisa: Tampere University of Technology (TUT), Finlândia
• Assunto(s): Acidithiobacillus Lixiviação Metais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acidithiobacillus Ferroxidans | Acidithiobacillus Thiooxidans | Lixiviacao De Metais | Oxidacao De Calcopirita | Lixiviação de metais por bactérias

Resumo

A lixiviação bacteriana de metais é o processo de dissolução de sulfetos metálicos em função da atividade oxidativa de algumas espécies bacterianas, principalmente o Acidithiobacillus ferrooxidans. Desde a descoberta dessa espécie (~1950) e, posteriormente, de outras envolvidas no processo, inúmeras aplicações industriais tem sido implementadas e muitos estudos vêm sendo publicados nessa área. Entre os metais, a biolixiviação de cobre é a aplicação mais antiga e também a mais estudada, embora urânio, ouro e níquel também sejam outros exemplos de aplicação industrial. A calcopirita (CuFeS2) é um dos sulfetos de cobre mais abundantes na natureza, mas ao mesmo tempo um dos mais refratários ao ataque químico ou bacteriano. A solubilização deste sulfeto em processos de lixiviação bacteriana apresenta taxas mínimas de oxidação e a eficiência final é muito inferior ao mínimo desejado. Muitos estudos de otimização de processo e de engenharia e, além destes, também aspectos bioquímicos e moleculares sobre os microrganismos, têm sido realizados, mas poucos resultados práticos têm sido obtidos. Somente nos últimos anos, um estudo mais detalhado do processo de adesão das células aos sulfetos metálicos e os mecanismos moleculares e eletroquímicos envolvidos nesse aspecto estão merecendo maior atenção. Dentro dessa perspectiva, nosso grupo de pesquisa vem desenvolvendo estudos integrados nessa direção, a qual sob o nosso ponto de vista, poderá resultar em avanços reais no entendimento da refratariedade da calcopirita e no aumento significativo de sua solubilização eficiente. O grupo da Tampere University of Technology-TUT (Finlândia), dentro de um amplo projeto da União Européia ("BioMinE"), também desenvolvem estudos similares. Em função dos conhecimentos que estão sendo gerados em nosso grupo e no grupo finlandês, o objetivo central de nossa presença na TUT é a realização de estudos nessa área, como uma forma de colaboração entre equipes com experiência real na biohidrometalurgia. Essa cooperação poderá resultar em conhecimentos decisivos para a otimização da dissolução oxidativa da calcopirita por bactérias. (AU)