Resumo
A administração de grande quantidade de fluido é frequentemente a primeira medida terapêutica tomada com o objetivo de melhorar o estado hemodinâmico de pacientes graves, já que muitos estudos têm mostrado que a monitoração e a maximização do volume sistêmico pela expansão volêmica, durante procedimentos cirúrgicos de alto risco estão associados com a melhora de sobrevida pós-operatória. Entretanto, apesar dos benefícios hemodinâmicos, a administração de fluidos intravenosos associada à falência renal pode resultar em hipervolemia, com consequente edema pulmonar, piora das trocas gasosas e acidose hiperclorêmica. A sobrecarga de volume é uma característica importante, não só no paciente em choque que evolui para disfunção renal e cardíaca, como também em pacientes no estágio final da doença renal devido à doença cardiovascular associada. O tratamento destes pacientes, quando comumente não responsivo aos diuréticos, é baseado na hemodiálise para remoção do excesso de volume hídrico. Portanto, é imprescindível a monitoração precisa da volemia destes pacientes, os quais não estão sob ventilação mecânica controlada. Uma opção para avaliação deste volume é a técnica de diluição por ultrassom, que propõe avaliar o volume diastólico final total (TEDV) como indicador de volume plasmático. Sendo assim, este estudo objetiva estabelecer a sensibilidade e a facilidade de uso clínico desta técnica através da utilização do monitor Transonic COstatus® em cães submetidos à hemodiálise. Para tanto, serão utilizados cães provenientes do Serviço de Hemodiálise na Universidade da Flórida, portadores de hipervolemia, por diversas causas, que não sejam responsivos ao tratamento prévio com diuréticos. (AU)
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