Machado de Assis: homem lúdico: uma leitura de Esaú e Jacó

• Processo: 96/04503-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 1996
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 1998
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
• Pesquisador responsável: Joao Roberto Gomes de Faria
• Beneficiário: Wagner Martins Madeira
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Sátira e humor (literatura) Ludificação Xadrez
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Humor | Ironia | Jogo | Ludico | Pretericao | Xadrez

Resumo

Machado de Assis foi um escritor que construiu sua obra à maneira de um jogador, manipulando os dados da realidade ludicamente ao retratar os costumes brasileiros da segunda metade do século XIX. No romance Esaú e Jacó, nosso objeto de pesquisa, diferentes situações narrativas remetem à idéia de jogo. Marcadamente, podemos citar os irmãos gêmeos como índices das disputas ideológicas entre monarquia e república. Ao contrário do que professava uma crítica impressionista da obra machadiana, percebemos o descortino da realidade brasileira, suas mazelas, como a fisiologia da classe política, retratadas acidamente com o recurso recorrente da ironia. A ironia nas suas mais diferentes formas vai ser, portanto, a tônica da manifestação lúdica machadiana, redundando invariavelmente em humor, ora cáustico, ora melancólico. Tal qual um implacável enxadrista, Machado se mostra um estrategista da narrativa, homem lúdico que construiu magistralmente uma literatura perene. (AU)