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Investigação do papel da via TGF-β em ependimomas pediátricos

Texto completo
Autor(es):
Keteryne Rodrigues da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Luiz Gonzaga Tone; Oswaldo Keith Okamoto; Jaqueline Carvalho de Oliveira; Rodrigo Alexandre Panepucci
Orientador: Luiz Gonzaga Tone
Resumo

O ependimoma (EPN) é a terceira neoplasia cerebral mais comum na infância sendo 90% dos casos localizados na região intracraniana. O ependimoma origina-se das células ependimárias que revestem o sistema ventricular e o canal da medula espinhal, e é atualmente dividido em nove subgrupos moleculares sendo, o ependimoma supratentorial RELA (ST-EPN-RELA) e o ependimoma de fossa posterior A (FP-EPN-A) os subgrupos moleculares de pior prognóstico. Os fatores prognósticos para EPN compreendem idade menor ou maior do que 3 anos (sendo menor que 3 anos pior prognóstico) e grau de ressecção tumoral. Por tratar-se de um tumor altamente invasivo, com frequente taxa de resseção parcial, a grande maioria dos pacientes de EPN vão a óbito devido à recorrência tumoral. O atual tratamento desta neoplasia consiste em ressecção cirúrgica seguido de radiação. O uso de quimioterápicos não têm apresentado resultados satisfatórios na sobrevida desses pacientes. Dessa forma faz-se necessário a busca de novas abordagens terapêuticas que possibilitem melhora na sobrevida e qualidade de vida de pacientes de EPN. Alguns trabalhos demonstraram que EPN apresenta alterações de vias de sinalização importantes para diversos processos celulares, dentre elas, a via TGF-β. A via de sinalização TGF-β atua principalmente nos processos de migração e invasão celular em diversos tumores. Sendo assim, este estudo teve como objetivo caracterizar o papel da via TGF-Beta; em EPN visando a identificação de possíveis novos alvos terapêuticos a partir de genes dessa via. Pela técnica de RNAseq, foi possível identificar o enriquecimento da via TGF-β nos subgrupos de pior prognóstico, ST-EPN-RELA e FP-EPN-A bem como, hub genes que participam ou interagem com componentes da via TGF-β. A inibição farmacológica da via TGF-β com a droga SB431542 na linhagem de ependimoma BXD-1425, apesar de ocasionar diminuição dos níveis gênicos e proteicos da via SMAD, não demonstrou ter efeito na viabilidade celular, apoptose, migração e invasão celular. Entretanto, após 24h de tratamento com SB431542, houve um aumento significativo de células na fase G1 e uma diminuição de células na fase S do ciclo celular. O hsa-miR-630 regula diversos processos celulares, dentre os quais destacam-se a migração, invasão celular e transição epitélio-mesenquimal, associado a regulação da via TGF-β em diversos tumores. Como uma possibilidade de modular a via TGF-β e regular os processos de migração e invasão celular de EPN, realizou-se a transdução da linhagem BXD-1425 com o lentivirus de hiperexpressão do miR-630 e seu controle. A hiperexpressão do miR-630 levou a uma diminuição da viabilidade celular, aumento no número de células em apoptose, diminuição da taxa de migração e invasão celular. Além disso, ao hiperexpressar o miR-630 houve uma diminuição da expressão genica e proteica de componentes da via TGF-β/SMAD. Esses resultados indicam que o miR-630 pode estar modulando a via TGF-β e regulando os processos de invasão e migração celular de ependimoma. (AU)

Processo FAPESP: 16/19799-7 - Investigação de alvos terapêuticos a partir de redes de expressão gênica de membros da via TGF-b associados a progressão tumoral de ependimomas de pior prognóstico
Beneficiário:Keteryne Rodrigues da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado