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Desenvolvimento floral em maracujazeiro: uma abordagem transcriptômica para a ontogênese da corona = Flower development in Passionfruit: a transcriptomic approach to corona ontogenesis

Texto completo
Autor(es):
Mariana Bombardi da Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcelo Carnier Dornelas; Sara Adrián López de Andrade; Melina Cristina Mancini
Orientador: Marcelo Carnier Dornelas
Resumo

O maracujá azedo ou maracujá amarelo (Passiflora edulis var. flavicarpa) pertence ao gênero Passiflora, que é constituído por cerca de 600 espécies. A grande diversidade floral presente entre as espécies desse gênero é o produto de diversas adaptações à grande variedade de polinizadores. A presença de uma ou múltiplas séries de filamentos da corona, geralmente pigmentadas, são de fundamental importância na interação com polinizadores - auxiliando como plataforma de pouso e como uma estrutura de sinalização visual. A diversidade na pigmentação observada em espécies de Passiflora pode ser explicada pela combinação do acúmulo de diferentes moléculas de antocianina em células da corona, resultando em um grande espectro de cores para as flores. Porém, apesar de sua importância, os mecanismos moleculares que atuam nas fases relacionadas ao desenvolvimento da corona ainda não foram bem elucidados. A literatura apresenta diferentes hipóteses sobre sua origem, como sendo ou modificações de estames ou pétalas, ou de que se trata de um órgão sui generis, desenvolvido para promover uma adaptação especial na flor associada à polinização. A nossa hipótese é de que mecanismos moleculares conservados, envolvidos em atividades meristemáticas, podem ter um papel importante na origem da corona. Com o uso de técnicas de análise transcriptômica em Passiflora edulis, o presente trabalho identificou mais de 30 mil transcritos cuja expressão é diferencial entre diferentes estágios do desenvolvimento da corona. Dentre eles, 14 foram identificados como possíveis genes relacionados à atividade meristemática - incluindo um representante do gene WUSCHEL – corroborando a hipótese de que a corona é um órgão sui generis desenvolvido a partir de um conjunto de células meristemáticas. Além disso, 17 transcritos aparentam estar relacionados com a via de biossíntese de antocianina, pigmento responsável pela coloração dos filamentos da corona e fundamental para que a polinização ocorra, consolidando a hipótese de que alterações em genes chave da via de biossíntese de antocianina são responsáveis pelo processo de pigmentação dos filamentos da corona. Foram realizadas análises estruturais de genes de interesse, através do genoma de Passiflora organensis, permitindo a caracterização desses genes e abrindo a possibilidade de melhor compreender suas funções dentro de plantas do gênero Passiflora (AU)

Processo FAPESP: 18/24742-0 - Desenvolvimento floral em maracujazeiro: uma abordagem transcriptômica para a ontogênese da corona
Beneficiário:Mariana Bombardi da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado